Ré confessa, Cris Lauer pode perder mandato e se tornar inelegível em sessão de julgamento nesta terça-feira (01)
Vereadora de Maringá é acusada de falta de ética e decoro, em crime de improbidade administrativa já confessado por ela em áudio
A sessão de julgamento do processo que investigou representação contra a vereadora Cristianne Costa Lauer (Novo), protocolada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), está marcada para às 14 horas desta terça-feira (01/10), na Câmara Municipal de Maringá. O relatório foi concluído na última sexta-feira (27) pela subcomissão de Ética e Decoro Parlamentar da casa e, conforme regimento interno, os trabalhos devem ser finalizados até o dia 7 de outubro, prazo final para a conclusão do processo. Se Lauer for condenada, ela será a primeira parlamentar maringaense a perder o mandato na Câmara de Maringá e não poderá concorrer às eleições no próximo domingo.
Em um áudio que circula na internet, a vereadora confessa os crimes pelos quais foi investigada.
OUÇA O ÁUDIO ABAIXO
ENTENDA O CASO
A representação contra a vereadora partiu do Partido dos Trabalhadores (PT), pela prática de atos incompatíveis com a ética e o decoro parlamentar, puníveis com a perda do mandato, previstos no artigo 4º, incisos I e II do Código de Ética e Decoro Parlamentar.
O documento protocolado na Câmara menciona uma decisão do juiz Mário Augusto Matias Perroni sobre um inquérito civil do MPPR contra a vereadora Cristianne Costa Lauer e seu ex-chefe de gabinete, Bruno Gimenes Di Lascio. As investigações revelaram que Di Lascio já atuava como seu advogado particular e continuou a defendendo em diversos processos após ser contratado como chefe de gabinete, deixando de receber honorários advocatícios para receber apenas seu salário de gabinete, o que foi considerado irregular pelo Ministério Público.
Uma conversa entre a vereadora e seu assessor, em um áudio vazado, comprova as acusações contra Lauer. No áudio, ela confessa ter contratado seu advogado particular para trabalhar em seu gabinete, e receber o salário (dinheiro público) como pagamento por defendê-la em diversos processos.
O MP concluiu que a vereadora cometeu improbidade administrativa ao utilizar um servidor público para fins particulares. O promotor de Justiça Leonardo da Silva Vilhena pediu como condenação a perda de seu mandato de vereadora e perda de direitos políticos por até 14 anos, além da devolução de valores corrigidos aos cofres públicos, baseada na Lei 8.429/92.