Vereador Biazon: o primeiro a romper com o que prometeu na campanha?
Pediu voto para trabalhar pela segurança, mas pelo jeito arregou?
O vereador Biazon, quinto mais votado nas últimas eleições com 3.407 votos, deixará seu cargo a partir de 2025 para assumir uma vaga no secretariado do prefeito Silvio Barros. A questão que surge não é sobre sua competência — afinal, ele tem capacidade para ser um bom secretário. O ponto central é o compromisso com os eleitores que confiaram nele para mais um mandato como fiscalizador e legislador, e que agora verão o suplente Pastor Sandro Martins, que obteve apenas 1.629 votos, assumir sua vaga.
Isso nos leva a perguntar: Biazon, ao buscar a reeleição, realmente planejava cumprir todo o mandato? Vale lembrar que ser nomeado secretário não exige uma eleição, apenas um convite do prefeito. Se sua intenção era integrar o secretariado, não teria sido mais honesto evitar a disputa para vereador? Concorrer, prometer fiscalizar o executivo e legislar, para logo depois abandonar o mandato, levanta sérias dúvidas sobre o compromisso ético com seus eleitores.
Além disso, a saída de Biazon pode ser interpretada como uma forma de favorecer seu suplente, Pastor Sandro, que em várias tentativas não conseguiu ser eleito. A nomeação de Biazon abre caminho para que ele, com menos da metade dos votos, assuma a vaga. Seria isso uma estratégia para agradar um grupo político e neutralizar uma oposição mais experiente e ativa? Afinal, Biazon, com maior vivência no legislativo, poderia realizar uma fiscalização mais eficiente.
Veja o que prometeu na campanha:
Durante a eleição, pediu votos para ser representante da segurança, mas agora não vai cumprir o mandato para assumir como secretário de Esportes e Lazer. A segurança, que foi uma de suas principais promessas de campanha, ficará apenas no discurso. Pelo jeito, Biazon achou mais “seguro” ser secretário de Esportes e Lazer.
Desejamos sucesso ao novo secretário, mas esperamos que, em 2028, os eleitores lembrem que votar em Biazon pode significar colocar no poder alguém que não se compromete a cumprir o mandato até o fim.