Não queira que o psicólogo tome decisões que devem ser suas
Em tempos em que a saúde mental tem ganhado visibilidade e se tornado uma prioridade para muitos, fazer terapia com psicólogos é um passo essencial para o autoconhecimento e o bem-estar. Os psicólogos desempenham um papel fundamental na ajuda que proporcionam para lidar com questões internas e conflitos emocionais que, muitas vezes, parecem impossíveis de resolver sozinhos. No entanto, é preciso ter em mente que, apesar de fundamentais, eles não estão ali para tomar decisões por nós, e a responsabilidade sobre nossa vida e escolhas deve permanecer conosco.
Somos as coisas que moram dentro de nós
Na terapia, o papel do psicólogo é auxiliar na identificação de padrões de comportamento, ajudar a explorar sentimentos e traumas, além de apoiar o paciente no desenvolvimento de recursos internos para lidar com desafios. O psicólogo é um facilitador que colabora para que o indivíduo encontre suas próprias respostas e caminhos. Ou seja, ele não deve ser visto como alguém que “conserta” problemas ou que assume o controle sobre as decisões da vida do paciente, mas sim como um guia para que cada pessoa possa encontrar e entender seus próprios limites, valores e desejos.
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Estudos reforçam a eficácia da terapia como um processo de desenvolvimento pessoal e não de dependência. Segundo um artigo publicado pela Associação Americana de Psicologia (APA), a terapia psicológica é eficaz para lidar com uma variedade de problemas emocionais e de saúde mental, mas seu sucesso depende da autonomia e do engajamento do paciente na aplicação do que aprende nas sessões. Os psicólogos ajudam a construir um espaço de reflexão e crescimento, mas a decisão e o movimento rumo à mudança são responsabilidades do próprio indivíduo.
É comum que as pessoas procurem a terapia em momentos de crise ou angústia, na expectativa de que o psicólogo tenha respostas prontas para aliviar o sofrimento. Contudo, um dos grandes benefícios desse processo é a possibilidade de fortalecer a própria autonomia e capacidade de enfrentar situações adversas. Dessa forma, em vez de delegar a terceiros as decisões e ações, o paciente desenvolve confiança em si mesmo e em sua habilidade de resolver seus conflitos internos. A relação terapêutica, assim, é de parceria e construção conjunta, e o objetivo é que cada um se torne protagonista do próprio caminho.
É fundamental compreender que o processo terapêutico envolve a participação ativa de quem o busca, promovendo um fortalecimento das próprias habilidades e abrindo espaço para uma vida mais consciente e autêntica.