As vezes é preciso renunciar para não perder

As vezes é preciso renunciar para não perder

A renúncia é um processo. Costuma ser o fim de uma longa jornada, feita de idas e vindas, ponderações e desespero, que nos leva à conclusão de que nem tudo que é bom faz bem. Não existe uma fórmula mágica para realizá-la, durante o trajeto cada um se descobre e, simultaneamente, inventa um caminho singular.

É como já diz o ditado: “a cada escolha uma renúncia”. Mas ainda assim eu ampliaria essa reflexão, uma vez que, por trás de cada renúncia, também existe sempre um ganho, um aprendizado que muitas vezes nos ajuda a amadurecer.

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Escolher significa renunciar a algo, a favor de outra. Não se pode ter tudo, ou pelo menos ao mesmo tempo. Pois ser marcado pela falta e aprender a contorná-la, é o que nos caracteriza como humanos.

Portanto, toda renúncia pede determinação. É preciso capacidade de lidar com a enorme dor provocada pela falta e perda de uma satisfação, de um desejo. A ideia é substituir um prazer imediato por outro, que seja longínquo, mas muitas vezes a recompensa por esse sacrifício demora, não está garantida e nem sabemos se será duradoura. Dessa forma, quem renuncia escolhe ter um buraco dentro de si, e a partir disso precisa aprender a conviver com essa falta, de fazer algo com ela, ser capaz de simbolizá-la e transformá-la em algo.

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A partir do uso da capacidade de ser responsável por suas escolhas, o sujeito se fortalece perante a vida. Passa a perceber que, apesar de não existirem garantias, é possível considerar que também não existem fracassos e, sim, resultados não esperados, que se tornam experiências e aprendizados.

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E é através do processo de psicoterapia, que o sujeito pode passar a prestar atenção em si mesmo, a entender os movimentos em sua vida e a se fortalecer, o que faz com que ele tenha a chance de fazer escolhas que podem ou não ser diferentes das anteriores, mas certamente serão mais conscientes.

Larissa Simões Penteado
CRP – 08/31381

Redação O Diário de Maringá

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