Congresso debate desafios para uso racional de medicamentos
O Ministério da Saúde realiza, a partir desta terça-feira (10), em Brasília (DF), o VII Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos. Até o dia 12, profissionais de saúde, gestores e pesquisadores irão discutir o tema “Desafios e perspectivas para o uso racional de medicamentos na prática interprofissional”. O objetivo é subsidiar, ao final do encontro, a elaboração de diretrizes e estratégias para a promoção do uso adequado de medicamentos pela população. O uso excessivo, indevido ou menos que necessário de medicamentos resulta em riscos à saúde, além de desperdício de recursos financeiros.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais da metade de todos os medicamentos no mundo são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente. São exemplos, o consumo de muitos medicamentos por paciente (polifarmacia); uso inadequado de antimicrobianos (antibióticos), muitas vezes em dosagem inadequada, para infecções não bacterianas; excesso de injeções quando formulações orais seria mais apropriado; falta de prescrição de acordo com as diretrizes clínicas; e automedicação inapropriada.
Estimular a população e os profissionais de saúde sobre o uso racional de medicamentos está entre os objetivos e diretrizes da Política Nacional de Medicamentos e da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, do Ministério da Saúde. Essa temática tem ganho expressão ao longo dos últimos anos, tanto na agenda nacional quanto na internacional. Nesse sentido, o Ministério da Saúde defende que a informação sobre medicamentos seja independente, sem conflitos de interesse e pautada na imparcialidade como subsídio para a promoção do uso racional de medicamentos em todas as esferas do governo e da sociedade civil.
O VII Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos é organizado pelo Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (CNPURM). Serão três dias de oficinas, cursos, palestras, mesas redondas, painéis, além de atividades interativas. Entre os assuntos abordados estão o uso racional de antimicrobianos, medicalização da vida, interprofissionalidade para uso racional de medicamentos e assimetrias de acesso a medicamentos.