Em sua 12ª edição, Tattoo Week teve categoria exclusiva para o Rio

Em sua 12ª edição, Tattoo Week teve categoria exclusiva para o Rio

Todas as cores e formas do Rio de Janeiro num espaço só. A 12ª edição da Tattoo Week Rio aconteceu nos dias 24, 25 e 26 de janeiro (sexta a domingo), no Expo Mag, na Cidade Nova. O evento, um dos mais importantes do setor, reuniu artistas de diferentes segmentos e contou com mais de 220 expositores tatuando ao vivo, atraindo um público estimado em mais de 30 mil pessoas.

A programação cultural incluiu alguns shows. Na sexta, o festival recebe o grupo Diretriz Capoeira, de Duque de Caxias, associação liderada por Mestre Faísca, que afasta jovens da criminalidade das favelas da Baixada Fluminense oferecendo cursos de capoeira. O grupo apresenta capoeira, maculelê e samba de roda. Tudo acompanhado por uma orquestra de berimbaus e tamborins.

No sábado (25), MV Bill subiu ao palco às 21h, acompanhado de Kmilla CDD, enquanto DJ Saddam agitou o evento a partir das 22h. Vale lembrar que os horários dos shows estão sujeitos a alterações. Na sexta-feira (24), como de costume, a entrada foi gratuita para quem levar dois quilos de alimentos não perecíveis. Nos demais dias, os ingressos custaram a partir de R$ 25.

Esta edição contou, ao todo, com concursos em 28 categorias, entre tatuagem e piercing. Como já é tradição, o evento trouxe a eleição da Miss e do Mister Tattoo Week no desfile, que aconteceu no segundo dia do evento. Não será permitido de biquíni ou sunga, os candidatos devem desfilar com figurino a rigor. Os jurados avaliaram beleza, postura e qualidade das tatuagens.

“Quando um tatuador vence o concurso, ganha conceito e credibilidade, no qual seus honorários crescem rapidamente”, avalia Enio Conte, idealizador da Tattoo Week.

Em homenagem aos 460 anos da cidade do Rio de Janeiro, o evento contou com uma categoria exclusiva chamada “Cidade Maravilhosa”. Essa categoria premiou o trabalho mais impactante e original que representou as belezas da cidade. Mantendo a essência do espírito carioca, que valoriza o “junto e misturado”. Tatuagens de todas as técnicas e estilos puderam concorrer.

Os prêmios foram exclusivos: o primeiro lugar ganhou um estande na prestigiada Empire State Tattoo Expo, em Nova York, que será realizada em maio deste ano; o segundo lugar garantiu um estande na Tattoo Rio 2026; e o terceiro lugar, um estande na Tattoo Week Rio 2026. Para tornar completar a experiência, a Riotur ofereceu aos três primeiros colocados um voucher para o bondinho, válido para o ganhador e um acompanhante.

Foram três dias para ficar por dentro das tendências da tatuagem, admirar de perto, diversos profissionais especializados no segmento e também conseguir colocar em prática aquela tão sonhada tatuagem. Para fazer um trabalho definitivo era preciso ser maior de 18 anos, mas as crianças também poderão sair de lá com um desenho na pele.

“Nosso evento é familiar. Criamos um espaço kids para que os pais pudessem trazer as crianças para curtirem juntos a programação, que incluiu oficinas de arte e tatuagens temporárias”, convida Esther Gawendo.

Tatuagem como agente de transformação social

Este ano, o festival teve como foco ressaltar a tatuagem como um agente de transformação social. Entre as ações, tivemos o resgate da autoestima de mulheres vítimas de violência, pessoas trans ou que tenham passado por um câncer, cursos gratuitos de tatuagem e piercing para jovens de favelas e tatuagens de segurança para doentes crônicos, que podem salvar vidas em situações de emergência. 

“Quando um diabético desmaia na rua, por exemplo, o socorrista já sabe o que fazer, caso a pessoa tenha o símbolo da doença tatuado no braço” explica Esther Gawendo, diretora-executiva da Tattoo Week, ressaltando a versatilidade de uma simples tatuagem. “Oferecemos 100 vagas para micropigmentação de aréolas, sobrancelhas, lábios e bocas para mulheres que já passaram por um câncer ou foram vítimas de violência doméstica e que tenham a medida protetiva, assim como para transgêneros. Conseguimos levantar a autoestima dessas pessoas com as técnicas mais modernas de maquiagem definitiva em micropigmentação”.

Durante a semana do evento, mais de 100 jovens de favelas participaram de cursos profissionalizantes gratuitos para aprender um novo ofício. As aulas de tatuagem e de piercing foram ministradas por profissionais da área e que abordaram, além de desenhos e técnicas, noções de marketing e biossegurança. 

A ação social foi coordenada pela Tattoo do Bem com a parceria da Make Cake, estúdio do micropigmentador Alan Spadone.     

DINO