Negócios investem em branding para se destacar no mercado
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Todos os anos, no Brasil, nascem milhares novos CNPJs. Pessoas empreendendo e se somando às mais de 20 milhões de pequenas, médias e grandes empresas que existem no país, segundo o Mapa de Empresas do Governo Federal. Nesse contexto de uma sociedade em constante transformação, as empresas — novas ou que já existem — têm que lidar com o desafio cada vez mais complexo de se diferenciar para não perder espaço.
Novas ferramentas, IA e tecnologias equalizam o acesso a marketing e empresas recorrem à disciplina do branding para nascer ou se manter diferentes e em posições de destaque em seus mercados. Marcas estruturadas passam a ter uma nova base que direciona e norteia seus investimentos e crescimento.
“Os hábitos das pessoas vêm mudando rapidamente, os padrões de consumo também, novos canais surgem e todas as marcas, na verdade, são uma mídia tentando influenciar e convencer seus consumidores. Como ser diferente? Como se destacar para além de preços competitivos ou uma tecnologia, um produto inovador? É nesse contexto que nasce o branding”, explica Isaac Ramiris Zetune, estrategista de marketing e branding, fundador da consultoria Toomorrow Branding.
A creator economy, como grande parte dos especialistas chamam esse momento da economia, voltada para a atenção, o social, o digital, direciona a responsabilidade da construção da reputação e capacidade de influência para as próprias empresas, que dependem cada vez menos de campanhas publicitárias tradicionais para trabalhar performance com construção de marca, já que os espaços de informação estão cada vez mais saturados e o modelo tradicional não tem funcionado mais ou está cada vez mais caro.
Segundo pesquisa realizada pela plataforma Guia dos Melhores com 500 brasileiros que se relacionam com compras e marcas, e publicada com exclusividade nos principais veículos do setor do País, como Consumidor Moderno e Mundo do Marketing, 70% dos consumidores consideram que a força da marca, o posicionamento e a identidade são fatores importantes, determinantes e decisivos na jornada de escolha de uma marca, um produto ou serviço. Já o relatório Amazon Ads 2022, da Environics Research, mostrou que 79% dos consumidores globais dizem que têm maior probabilidade de comprar de marcas cujos valores se alinham aos seus.
“Nesse processo, chamado de branding, quando o gestor toma a decisão de cuidar da marca e da percepção que se pretende gerar nas pessoas, de como se conectar com seu público, a partir de um contexto de como ser diferente e se posicionar, alguns negócios têm se destacado em suas categorias”, afirma André Corrêa, estrategista de branding e fundador da Toomorrow Branding.
Adotar e desenvolver o modelo de gestão orientado a branding para buscar diferenciação e mais eficiência nas estratégias de marketing, de vendas e pessoas é para qualquer tipo de empresa, pequena, média ou grande. “Muito além de um logotipo ou visual bonito, esses negócios se estruturam bem como marca e desenvolvem iniciativas de dentro pra fora, com consistência e embasamento. Branding costura todas as áreas vitais e de impacto de um negócio”, conclui Zetune.
“O empresário que só está colocando dinheiro em performance, que começa entrar em guerras de preço, perder vínculo com seu público, ter dificuldade de comunicar, promover muitas mudanças no portfólio, e aquela sensação de que não está se encontrando, precisa desenvolver o olhar de marca na gestão para retomada, como prioridade”, finaliza Corrêa.