Bolsonaro corre mesmo risco de ser morto ou apenas cria uma narrativa para fugir?

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou, em entrevista ao podcast “Flow” nesta sexta-feira (14), seus planos políticos para a família nas próximas eleições. Segundo ele, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) deve ser candidata a uma vaga no Senado, enquanto seus filhos também terão candidaturas estratégicas. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atual deputado federal, e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que buscará a reeleição ao Senado, seguirão na disputa por cargos legislativos. Além disso, Carlos Bolsonaro (PL), vereador no Rio de Janeiro, e Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador em Balneário Camboriú, poderão concorrer a vagas na Câmara dos Deputados.
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Bolsonaro destacou as qualidades de Michelle como trunfos para a candidatura. “A Michelle, o pessoal gosta. Ela é mulher, evangélica, fala bem”, afirmou o ex-presidente, sinalizando que vê na esposa um nome forte para o Senado. Sobre os filhos, ele detalhou: “É o Eduardo por São Paulo, é Flávio pelo Rio, é o Carlos que é vereador depois de oito mandatos, sete, venha federal”. A estratégia é para consolidar a influência política da família em diferentes esferas do poder legislativo.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abordou um tema polêmico: a possibilidade de ser preso. Ele afirmou ter certeza de que, caso isso aconteça, seria vítima de envenenamento. “Tenho certeza que, se eu for preso, vou ser envenenado”, declarou Bolsonaro, em tom enfático.
A declaração pode ser uma possível estratégia para justificar uma fuga do Brasil, usando o argumento de temor por sua vida. Investigado em diferentes processos judiciais desde que deixou o Palácio do Planalto, Bolsonaro pode estar buscando sensibilizar sua base de apoiadores ou criar um narrativa que dificulte ações legais contra ele. Até o momento, não há evidências concretas que sustentem a alegação de um plano de envenenamento, mas a fala já repercute no cenário político.