Talita NY, ré foragida, não vítima do sistema judiciário brasileiro?
A influenciadora digital Talita NY, de Maringá, voltou ao centro das atenções nesta quinta-feira (10) com vídeos emocionantes publicados nas redes sociais. Nas mensagens, ela protestou contra o que classifica como injustiças no processo judicial que enfrentou, mas sua situação legal continua delicada: condenada por descaminho em ações de 2016 e 2017, Talita descumpriu a ordem de usar tornozeleira eletrônica e deixou o Brasil, sendo considerada foragida pela Justiça brasileira.
O histórico de Talita com a justiça ganhou destaque em 2023, quando ela foi alvo de uma operação da Polícia Federal de Santa Catarina. Na ocasião, a influenciada foi condenada a pagar uma multa de R$ 11 mil. Fontes sugerem que os vídeos publicados nesta semana podem ter sido gravados na Itália, onde ela estaria residindo desde que saiu do Brasil. A influênciara, no entanto, não confirmou nem negou as suspeitas sobre a sua localização.
A polêmica em torno de Talita NY não se limita às questões judiciais. Em novembro de 2024, seu marido foi preso, acusado de envolvimento em um atentado contra a loja da esposa de um juiz — caso que ainda está sob investigação. Além disso, na época da operação da Polícia Federal em 2023, Talita processou diversos veículos de comunicação de Maringá, incluindo o Diário de Maringá, por noticiar a ação da PF em seu apartamento. Ela acabou perdendo todas as ações judiciais movidas contra a imprensa maringaense.
As postagens mais recentes de Talita geraram divergências nas redes sociais. Enquanto alguns seguidores manifestaram apoio, solidarizando-se com suas alegações de perseguição, outros criticaram por ocultar sua condição de foragida e questionaram a legitimidade de suas reivindicações. O caso reacendeu debates sobre o uso das redes sociais e a necessidade de regulamentação para distinguir a liberdade de expressão da disseminação de informações falsas ou distorcidas, como Talita NY supostamente faz contra a justiça brasileira.
Até o momento, Talita NY não se manifestou oficialmente sobre as especulações de que estaria na Itália, e o processo judicial contra ela segue em andamento.
Parece que virou moda no Brasil: quem supostamente comete um crime e foge do país se apresenta nas redes sociais como vítima — e o réu passa a ser o Judiciário.
