Cris Lauer (Novo) quer promover um possível caos na saúde?

A vereadora Cris Lauer(Novo), de Maringá, que responde a processo por enriquecimento ilícito, volta a atacar a vacinação com declarações perigosas e sem embasamento científico. No próximo dia 6 de maio, às 18h, ela promove uma audiência pública na Câmara Municipal para questionar a obrigatoriedade da vacina contra a COVID-19 em crianças. Em suas falas, chegou ao absurdo de chamar a vacina de “veneno”, ignorando completamente os dados, as pesquisas e os resultados que salvaram milhões de vidas ao redor do mundo.
Luiz Neto dispara: “Pode ser a frente, atrás, o lado que for”
Ela defende que “toma vacina quem quer”, mas quando as UBSs e UPAs estão lotadas, é a primeira a subir no palanque e dizer que o sistema de saúde está em colapso. O que ela não diz é que esse “caos” é alimentado justamente por esse tipo de discurso, que incentiva o negacionismo e coloca em risco a saúde coletiva.
Mandaguaçu terá investimentos de quase 450 mil em melhorias na rede elétrica
Por votos de quem nega a ciência, Cris prefere polemizar do que informar. Mas quando surgem surtos de doenças evitáveis e a rede pública fica sobrecarregada, ela aparece criticando o mesmo sistema que ajuda a sabotar.
Seria coerente, então, que quem se recusa a se vacinar assinasse um termo de responsabilidade, comprometendo-se a arcar com os custos do tratamento particular em caso de infecção. Negar a prevenção, mas exigir tratamento do Estado, é uma contradição que sai caro para toda a população.
Não custa lembrar: a vacinação erradicou doenças como a varíola, reduziu drasticamente a poliomielite, o sarampo, a difteria e tantas outras. Hoje, com a tecnologia, vacinas são desenvolvidas com mais rapidez e segurança. O caso da COVID-19 é prova disso — fruto de décadas de ciência, não de improviso.
Diversos países além do Brasil vacinam crianças de 6 meses a 5 anos contra a COVID-19. Entre eles estão:
- Estados Unidos
- Canadá
- Alemanha
- França
- Espanha
- Austrália
- Chile
Nesses países, a vacinação não é obrigatória, mas é recomendada, especialmente para crianças com comorbidades ou maior risco.
Em relação à segurança, não houve registros significativos de problemas graves entre as crianças vacinadas. Os efeitos colaterais mais comuns são leves, como febre, dor no local da aplicação e cansaço, semelhantes aos de outras vacinas infantis.
Fazer política com a saúde pública, desinformar e espalhar medo é irresponsável. A vereadora que chama vacina de “veneno” está promovendo o caos que depois finge combater.
A saúde pública precisa de responsabilidade — não de populismo travestido de liberdade.