Alerta: controlador interno da Câmara na época do superfaturamento de notebooks vira chefe de gabinete de Majô

O tempo passa, legislaturas se renovam, mas certos nomes continuam orbitando os corredores do poder público em Maringá. Um exemplo é Oswaldo dos Santos Junior, hoje chefe de gabinete da presidente da Câmara, vereadora Majô. Para muitos, o nome pode soar familiar — e não sem motivo.
Oswaldo foi controlador interno da Câmara em um episódio polêmico que envolveu a compra de notebooks com superfaturamento. Na época, levantou-se a suspeita de que ele fosse filho de um dos sócios da empresa fornecedora dos equipamentos .
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Hoje, mais de duas década depois, Oswaldo ocupa um cargo de confiança diretamente ligado à presidência do Legislativo. A nomeação desperta atenção, não apenas pela memória dos fatos do passado, mas pelo simbolismo que carrega: parece que, em Maringá, os protagonistas dos bastidores resistem ao tempo e continuam ocupando espaços estratégicos, independentemente de quem esteja no comando.
A vereadora Majô, que se apresenta como uma liderança comprometida com a transparência e a boa gestão, deve estar atenta a esses sinais. Quando o assunto é licitação — especialmente em uma Casa que já colecionou escândalos nessa área —, todo cuidado é pouco. As escolhas de nomes para cargos estratégicos refletem diretamente no grau de confiança que a sociedade pode depositar na gestão.
Não se trata de julgamentos precipitados, mas de uma responsabilidade ética que deve guiar o exercício de qualquer mandato. A história recente da Câmara mostra que os erros do passado costumam cobrar seu preço no futuro. Por isso, é fundamental que a atual presidência adote uma postura preventiva, técnica e rigorosa quando se trata de processos licitatórios e nomeações.
A população de Maringá, cada vez mais vigilante, espera por uma gestão comprometida não apenas com os discursos, mas com práticas realmente transformadoras.