Cirurgia plástica no inverno: menos inchaço, mais conforto e melhor recuperação
No Brasil, a procura por procedimentos estéticos registra um pico nos meses mais frios do ano. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) indicam que a demanda pode crescer em até 50% durante o inverno, em comparação ao verão . Segundo estimativa da SBCP, o país realiza, em média, 1,5 milhão de cirurgias plásticas por ano, e grande parte desses procedimentos é agendada entre junho e agosto .
Especialistas atribuem esse fenômeno a fatores que favorecem tanto o pré‑ quanto o pós‑operatório. “A baixa temperatura ajuda a reduzir o edema e a formação de hematomas, pois provoca vasoconstrição dos vasos sanguíneos”, explica Ana Carolina Padilha, fisioterapeuta com especialização em cicatrização pós‑operatória de alta complexidade. De acordo com ela, o frio também permite o uso mais confortável de ataduras, placas e meias cirúrgicas essenciais para a sustentação dos tecidos nos primeiros dias de recuperação:
“No inverno, o paciente consegue manter o repouso com menos desconforto, já que não há calor excessivo e a roupa de frio permite esconder curativos de forma discreta. Além disso, o uso de tecnologias como kinesio taping assegura um acompanhamento contínuo e multidisciplinar do pós-operatório.”
Pesquisas apontam ainda que o período de férias escolares e de trabalho facilita o planejamento da recuperação, que costuma durar de quatro a doze semanas, dependendo do procedimento. A estada prolongada em ambientes climatizados e a menor exposição ao sol colaboram para uma cicatrização mais uniforme e para a prevenção de manchas na pele.
Ana Carolina Padilha ressalta a importância do atendimento personalizado e do monitoramento funcional e estético.“Cada paciente apresenta uma resposta única ao processo cicatricial. A atuação multidisciplinar, com reavaliações frequentes, é fundamental para adaptar o protocolo de fisioterapia e garantir resultados seguros e satisfatórios.”
Para ela, independentemente da complexidade, toda cirurgia plástica configura um procedimento invasivo e envolve riscos que devem ser respeitados. “É fundamental escolher um cirurgião qualificado, com registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e seguir rigorosamente as orientações médicas antes e depois da operação. Cuidados pré‑operatórios — como jejum adequado, exames laboratoriais e avaliação clínica — e protocolos de reabilitação pós‑operatória — incluindo repouso, drenagem linfática e kinesiotaping — são determinantes para o sucesso e a segurança do paciente.”
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