Trump, o “líder do mundo livre” que fecha as portas para todos

É curioso ouvir Donald Trump se apresentar, ou ser apresentado, como o “líder do mundo livre”, enquanto age como um imperador atrás de muralhas. Para entrar nos Estados Unidos sob o governo Trump, não basta ter visto, passagem comprada e plano de viagem. É preciso também ter o “passado digital” aprovado. Suas redes sociais viram alvo de pente-fino e, dependendo do que você escreveu anos atrás, a entrada pode ser negada.
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Que liberdade é essa?
Trump trata imigrantes muitos deles trabalhadores que movimentam a economia americana como criminosos em potencial. Enquanto posa de defensor de empregos locais, ignora que esses mesmos trabalhadores foram, por décadas, base silenciosa da força de trabalho que sustenta setores inteiros, da construção civil à agricultura. Deportar quem ergueu o país não é liderança, é ingratidão.
PR-317: Azar de uma empresa ruim ou de um governador omisso?
Nem empresários bilionários escapam. Elon Musk, que em certo momento apoiou Trump e foi útil para sua campanha, hoje é tratado como inimigo. No trumpismo, ninguém está a salvo da guinada de humor do “imperador”.
E quem paga a conta? O próprio povo americano. Por puro capricho, Trump resolveu taxar produtos de parceiros comerciais, inclusive o Brasil. Resultado: o americano paga mais caro por suco de laranja, café, carne, aço e outros produtos essenciais. Não bastasse a aversão declarada aos estrangeiros, sobra até para o consumidor local.
Trump gosta de dizer que ama seu país, mas suas ações mostram que seu amor tem um preço: o preço da vaidade, da birra política e da obsessão por inimigos imaginários. No fim, quem perde são os americanos comuns, que pagam mais caro no supermercado enquanto ouvem o discurso vazio de “grandeza” e “liberdade”.
Se isso é liderar o mundo livre, então o mundo livre anda precisando urgentemente de um líder de verdade.