Buzinaço em Maringá é muito barulho e nenhuma proposta?
Ao jornalista Milton Ravagnani na Tv Maringá Band neste sábado, um dos líderes do buzinaço em Maringá de nome Eduardo, não deixa claro quais são as alternativas e proposta do setor que diz representar. A Acim (Associação Comercial e Industrial de Maringá) não encabeça movimento envolvendo carreatas contra o estado de emergência.
Em momento algum, Eduardo sugeriu de que forma abriria o comércio e quais as medidas adotadas para proteger clientes, empresários e funcionários.
Ficou claro que não há um plano de ação. Nas carreatas e buzinaços os participantes foram orientados a não descer do carro para evitar a contaminação, mas seus funcionários vão utilizar o transporte coletivo e não terão o mesmo conforto e segurança dos carrões da carreata.
Está na hora de trocar os buzinaços por reuniões ou telefonemas aos nossos deputados federais e sugerir as medidas necessárias para o setor.
Ricardo Barros, Nishimori, Fahur e Enio Verri, são parlamentares com a experiência necessária para ouvir os manifestantes e juntos transformar as demandas em leis que garantam a tranquilidade da classe em todo país.
Em Maringá o prefeito Ulisses Maia tomou todas as medidas necessárias mesmo que impopulares para alguns, mas aprovadas por técnicos da área de saúde para salvar a vida dos maringaenses.
A preocupação do setor é legítima, mas os meios para atingir seus objetivos estão equivocados.
Hoje o ministro da saúde Mandetta fez as seguintes correções:
Refutou comparação entre a covid-19 e H1N1 — Bolsonaro chegou a dizer que “houve outras epidemias aí” que não haviam gerado tanta reação; mas Mandetta hoje afirmou que a comparação é descabida .
Jovens e a doença – o governo federal chegou a fazer campanha minimizando os riscos da covid19 entre pessoas jovens, e Mandetta hoje enfatizou que há motivos para preocupar-se em todas as faixas etárias .
Uso da cloroquina, apontada por Bolsonaro como uma solução para a doença, mas relativizada hoje por Mandetta.
O ministro também se mostrou contrário a permitir que apenas os jovens saiam de suas casas — podem contaminar os idosos que moram com eles, argumentou.
E ainda fez crítica aberta a apoiadores de Bolsonaro que saíram hoje às ruas pedir retomada do comércio e de outras atividades. Disse “Não é hora de fazer carreata”, referiu-se ao buzinaço como “manadas”.
Diante do que foi colocado, os líderes do buzinaço, se querem minimizar os problemas causados pelo coronavírus, deverão mudar de estratégia, para não serem taxados pela população como um movimento político e egoísta que coloca em risco a vida dos maringaenses.
Que as nossas paixões políticas e financeiras não sejam maiores que o amor pela vida. As paixões passam e o amor é para toda a vida.