Jovem Pan em Xeque: Âncora Paulo Caetano espalha desinformação sobre exoneração na Câmara de Maringá

Uma declaração feita pelo âncora Paulo Caetano, da Jovem Pan, durante a edição do RCC News de hoje, 31 de julho de 2025, está gerando controvérsia e levantando a suspeita de disseminação de notícias falsas. Ao comentar sobre a Câmara de Maringá, Caetano afirmou que um cargo comissionado (CC) da Casa teria sido exonerado por uma suposta “falta de 15 minutos” em seu horário de trabalho. Veja:
No entanto, dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo jornal O Diário de Maringá desmentem categoricamente a versão apresentada pelo âncora, indicando uma tentativa de criar polêmica sem embasamento nos fatos.
A exoneração do subprocurador David Marlon da Silva da Câmara Municipal de Maringá, não se deu por falta de 15 minutos como Paulo Caetano comentou . As imagens das câmeras de segurança, acessadas por O Diário de Maringá via LAI (Lei nº 12.527/2011), revelam um cenário de suposta irregularidades muito mais graves do que o sugerido por Paulo Caetano.
As supostas provas visuais da exoneração de David Marlon na Câmara de Maringá
Em 11 de julho de 2025, as gravações mostram que David Marlon registrou sua entrada na Câmara às 16h46, permanecendo no local por apenas 25 minutos, saindo às 17h11. Na parte da manhã do mesmo dia, ele teria cumprido a jornada das 10h47 às 16h02.
O ponto que mais chamou a atenção, e que aponta para a real motivação da exoneração, foi um retorno de David Marlon à Câmara às 22h02. As imagens são explícitas: ele registrou sua saída apenas 57 segundos depois, às 22h02:59, indicando uma permanência extremamente breve e sem qualquer justificativa aparente para a execução de funções.
Projeto de Lei que isenta IR até R$ 5.000 pode beneficiar mulheres, afirma especialista
A Contradição da Jovem Pan e a Exoneração Justificada
Segundo documentos obtidos pela redação do jornal, a exoneração de David Marlon foi motivada pela análise dessas evidências. As imagens sugerem que o subprocurador apenas registrou sua presença sem a devida permanência para a execução de suas funções, especialmente no segundo período de trabalho. A clareza das gravações torna difícil sustentar qualquer alegação de perseguição. Mesmo que a marcação de ponto não fosse obrigatória para ele, as imagens indicam que ele registrou sua presença, mas não permaneceu no local, o que contraria uma suposta tentativa de provar sua permanência na Câmara.
A afirmação do âncora da Jovem Pan de que a exoneração se deu por “15 minutos” de atraso se mostra, diante dos fatos, uma distorção grosseira da realidade, levantando sérios questionamentos sobre a apuração da informação e a responsabilidade jornalística da emissora. Seria essa uma tentativa deliberada de criar polêmica, ou o resultado de uma grave desinformação? A discrepância entre o que foi veiculado e o que os documentos oficiais revelam é alarmante e serve como um alerta para a necessidade de rigor na checagem de fatos no cenário jornalístico atual.