Soja brasileira domina mercado chinês, e produtores americanos pedem socorro a Trump

Soja brasileira domina mercado chinês, e produtores americanos pedem socorro a Trump

A guerra comercial entre Estados Unidos e China está cobrando seu preço, e a conta chegou para os agricultores americanos. A American Soybean Association (ASA), principal entidade de produtores de soja dos EUA, enviou um apelo urgente a Donald Trump, pedindo que o presidente priorize o setor nas negociações com a China. O motivo? A soja brasileira tomou o lugar do grão americano no mercado chinês.

Soja brasileira em alta, americana em baixa

Dados da Administração Geral de Alfândega da China confirmam o cenário alarmante. Em julho, as importações de soja brasileira cresceram 13,9%, somando 10,39 milhões de toneladas — um volume que representa 89% de todas as compras de soja do país asiático. No mesmo período, as importações de soja americana caíram 11,5%, totalizando apenas 420,8 mil toneladas.

A ASA atribui essa mudança drástica diretamente à tarifa de 20% imposta à soja dos EUA, que não afeta a produção sul-americana. “Nossos clientes de longa data na China recorreram e continuarão a recorrer aos nossos concorrentes na América do Sul”, afirma o documento da associação.

Produtores no limite

A carta enviada a Trump não esconde o desespero. Segundo a ASA, a China já fechou contrato com o Brasil para os próximos meses, o que praticamente elimina a chance de os EUA recuperarem o mercado no curto prazo. A entidade alerta que os agricultores americanos “estão à beira de um precipício comercial e financeiro”, mostrando o impacto real e profundo da guerra comercial em quem trabalha no campo.

Redação O Diário de Maringá

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