O Custo Bolsonaro: Salários do PL de Michelle e Jair somam mais de R$ 2,6 milhões em dinheiro público

O Custo Bolsonaro: Salários do PL de Michelle e Jair somam mais de R$ 2,6 milhões em dinheiro público

Quando falamos do dinheiro que financia a política no Brasil, muita gente não se dá conta de que ele vem direto do nosso bolso. É o caso dos salários de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, pagos pelo Partido Liberal (PL). Eles recebem altos valores por suas funções no partido, mas o que realmente importa é de onde esse dinheiro vem: do Fundo Partidário, um recurso que é 100% público.

De filho para pai

Esse arranjo levanta uma questão central: é justo que o dinheiro de impostos seja usado para sustentar figuras políticas com cargos, muitas vezes, mais simbólicos do que práticos?

Para entender o impacto, vamos aos números. Desde que deixaram a Presidência, o casal Bolsonaro entrou na folha de pagamento do PL com salários bem generosos.

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  • Jair Bolsonaro, como presidente de honra, e Michelle Bolsonaro, à frente do PL Mulher, recebem, cada um, cerca de R$ 41,6 mil (quarenta e um mil e seiscentos reais) por mês.

Esses salários começaram a ser pagos em janeiro e fevereiro de 2023, respectivamente. Agora, vamos calcular o custo total dessa operação até agosto de 2025.

  • Jair Bolsonaro: Já recebeu R$ 1.324.000 (um milhão, trezentos e vinte e quatro mil reais).
  • Michelle Bolsonaro: Recebeu, até agora, R$ 1.284.800 (um milhão, duzentos e oitenta e quatro mil e oitocentos reais).

Somando os dois, chegamos a uma cifra impressionante: R$ 2.608.800 (dois milhões, seiscentos e oito mil e oitocentos reais). Todo esse valor, é bom lembrar, vem de um fundo que, em última análise, é bancado por impostos e multas.

Embora a remuneração de líderes partidários seja legal, o debate aqui é sobre a moralidade. O dinheiro do Fundo Partidário deveria ser usado para fortalecer a democracia, financiando campanhas, formação política e a estrutura dos partidos. Mas, na prática, está sendo usado para sustentar financeiramente ex-políticos e suas famílias, em cargos que muitos consideram meramente simbólicos.

Curiosamente, o custo do casal para os cofres públicos contrasta com a mobilização de milhares de apoiadores que, em um gesto de solidariedade, fizeram doações via Pix para ajudar a pagar multas e custos judiciais de Jair Bolsonaro. Essa situação levanta um questionamento ainda maior: como é possível que pessoas que ganham salários mínimos ou muito abaixo da média se sintam compelidas a ajudar financeiramente quem já recebe rendimentos milionários, seja por meio de salários do partido ou de outras fontes?

Essa prática coloca em xeque a transparência e a ética na política. A sociedade, que paga a conta, espera que o dinheiro público seja usado com responsabilidade, não para manter a regalia de quem já esteve no poder. A confiança na democracia é diretamente afetada quando a população percebe que seus impostos estão sendo usados para fins questionáveis, erodindo a credibilidade das instituições políticas.

Crédito Imagem da Mancehte: Marcos Corrêa/PR

Redação O Diário de Maringá

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