Ratinho Junior e o Marketing do Paraná: Uma Pré-Candidatura Paga com Dinheiro Público?

As campanhas publicitárias do governo do Paraná, que exaltam o estado como um “exemplo” e “espelho” para o Brasil, têm levantado questionamentos sobre o uso da máquina pública para fins eleitorais. Com o governador Ratinho Junior sendo cotado para uma futura corrida presidencial, a linha entre a comunicação institucional e a promoção pessoal se torna cada vez mais tênue, gerando críticas sobre a legalidade e a ética dessa estratégia.
Recentemente, as peças que destacam a redução do IPVA em 45% e o posicionamento do Paraná como o estado com a alíquota mais baixa do Brasil foram veiculadas em larga escala. Embora a divulgação de políticas públicas seja um dever do governo, a repetição da frase “o Paraná é um espelho para o Brasil” ou “o Paraná é um exemplo para o Brasil” sugere um objetivo que vai além de simplesmente informar o cidadão paranaense. A narrativa parece cuidadosamente construída para posicionar o governador como um líder capaz de replicar o sucesso em nível nacional.
Ratinho Junior e o Marketing do Paraná: Uma Pré-Candidatura Paga com Dinheiro Público?
As campanhas publicitárias do governo do Paraná, que exaltam o estado como um “exemplo” e “espelho” para o Brasil, têm levantado questionamentos sobre o uso da máquina pública para fins eleitorais. Com o governador Ratinho Junior sendo cotado para uma futura corrida presidencial, a linha entre a comunicação institucional e a promoção pessoal se torna cada vez mais tênue, gerando críticas sobre a legalidade e a ética dessa estratégia.
Recentemente, as peças que destacam a redução do IPVA em 45% e o posicionamento do Paraná como o estado com a alíquota mais baixa do Brasil foram veiculadas em larga escala. Embora a divulgação de políticas públicas seja um dever do governo, a repetição da frase “o Paraná é um espelho para o Brasil” ou “o Paraná é um exemplo para o Brasil” sugere um objetivo que vai além de simplesmente informar o cidadão paranaense. A narrativa parece cuidadosamente construída para posicionar o governador como um líder capaz de replicar o sucesso em nível nacional.
A Lógica do Marketing: Sugerir, em vez de Dizer
A estratégia de marketing é direta e eficaz: se a gestão de Ratinho Junior é tão bem-sucedida a ponto de ser um modelo para o país, a pergunta que surge naturalmente na mente do eleitor é: por que não ter esse mesmo líder como presidente, para que o Brasil inteiro possa se beneficiar dessa “receita de sucesso”? Essa abordagem, com o uso repetitivo dessas frases, serve para dois propósitos principais:
- Construir a imagem de um gestor eficiente: A publicidade não está apenas informando sobre obras ou políticas; ela está ligando essas conquistas diretamente ao governador, reforçando a ideia de que o sucesso do Paraná é resultado de sua liderança.
- Lançar uma pré-candidatura sem declará-la: Ao posicionar o Paraná como um “exemplo para o Brasil”, a publicidade já começa a moldar a narrativa de um possível futuro candidato à presidência. É uma forma de testar a aceitação popular e de familiarizar o público nacional com o nome do governador.
Essa abordagem, muitas vezes chamada de propaganda eleitoral disfarçada, é especialmente controversa porque é financiada com dinheiro público. Os recursos que deveriam ser usados para a comunicação institucional, ou seja, para informar o cidadão sobre serviços e políticas de governo, estão sendo utilizados para a construção de uma imagem política que beneficia o projeto pessoal de um indivíduo. A ética por trás do uso da máquina pública para fins eleitorais é o cerne dessa crítica.