Técnicas minimamente invasivas tratam dores na coluna

A dor nas costas é uma das principais causas de incapacidade no mundo todo. Conforme estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), repercutida pelo Jornal da USP, 80% da população mundial já teve ou terá dor na coluna. Ainda de acordo com outra publicação do órgão, a quantidade de pessoas que sofrem com lombalgia em todo o mundo pode chegar a 843 milhões em 2050.
No Brasil, o cenário também chama a atenção. Mais de 15 milhões de pessoas sofrem com doenças reumáticas — aquelas que acometem o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. As informações são da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), através da Agência Brasil.
Para o Dr. Victor Risso, neurocirurgião especialista em coluna, esses dados representam um problema de saúde pública. “A dor na coluna está entre as principais causas de afastamento do trabalho e prejuízo à qualidade de vida. A boa notícia é que, com abordagem adequada, boa parte dos casos tem tratamento e solução”, ressalta.
A falta de movimentação enfraquece os músculos que sustentam a coluna, prejudica a postura e aumenta o risco de inflamações e lesões. O estilo de vida sedentário ou realização de tarefas diárias com má postura são alguns dos maiores responsáveis pela dor, informa o Ministério da Saúde. Uma outra pesquisa publicada pelo órgão revela que quase 37% dos brasileiros acima de 50 anos têm dores crônicas.
Paralelamente, dados do Ministério da Previdência Social, publicados pelo g1, mostram que as dores na coluna (205,1 mil) e hérnia de disco (172,4 mil) foram as doenças que mais geraram benefícios por incapacidade temporária no Brasil em 2024.
Segundo Dr. Victor Risso, a maioria dos casos pode ser tratada sem cirurgia. Ele diz que entre as opções conservadoras estão os bloqueios facetários e radiculares, que aliviam a dor diretamente na área afetada.
“Quando há boa resposta, a rizotomia facetária pode ser indicada para controle mais prolongado. Além disso, a fisioterapia e o fortalecimento muscular são fundamentais para reabilitação, prevenção de novas crises e recuperação funcional do paciente”, reforça.
Novas tecnologias são aliadas no tratamento
Antigamente, a cirurgia de coluna era vista como arriscada e associada à dor crônica, lembra o cirurgião. “Hoje, com as técnicas minimamente invasivas, conseguimos tratar hérnias, estenoses e instabilidades com cortes menores, menor agressão ao corpo, menos dor e recuperação muito mais rápida”, avalia.
A cirurgia endoscópica utiliza câmera e instrumentos finos para tratar diretamente a causa da dor por meio de um corte de menos de um centímetro, explica o especialista. “O paciente costuma ter alta no mesmo dia ou no seguinte, com alívio imediato da dor, baixo risco de infecção e retorno precoce às atividades — o que reduz as consequências do afastamento prolongado”, explica Dr. Victor Risso.
Já a neuromodulação, salienta o neurocirurgião, é indicada quando outras abordagens falham. “Funciona como um ‘marca-passo da dor’, modulando os sinais nervosos na medula ou nos nervos. É eficaz em casos selecionados, como dores persistentes após artrodeses, neuropatias diabéticas ou pós-quimioterapia, e lesões nervosas traumáticas”, detalha.
O profissional ainda endossa que os pacientes andam no mesmo dia, sentem menos dor, têm alta precoce e retomam a independência rapidamente. “A diferença na vida prática pode ser enorme: pais voltam a carregar os filhos no colo, pessoas que amam nadar ou pedalar voltam às suas atividades. Esse impacto real na vida social reforça o valor dessas abordagens”, evidencia.
Tudo começa com um bom diagnóstico
Apesar dos importantes avanços na área, o médico pondera que a tecnologia por si só não resolve. O sucesso, segundo Dr. Victor Risso, vem da união entre técnica precisa, uso adequado dos recursos e foco na funcionalidade do paciente. O exame de imagem é apenas uma parte; o objetivo maior é devolver a qualidade de vida.
“Sinais de alerta incluem a dor que não melhora com repouso ou remédios, irradiação para membros, formigamento, perda de força, alterações na marcha ou urinárias. Nesses casos, a avaliação precoce por um especialista é essencial para evitar agravamentos e indicar o tratamento mais adequado — que nem sempre é cirúrgico, mas pode ser decisivo”, conclui o especialista.
Sobre o Dr. Victor Risso
Dr. Victor Risso é formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com especialização em neurocirurgia pelo Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte. Com ampla experiência nas áreas de neurotrauma, neuro-oncologia e especialmente em cirurgia da coluna, ele busca oferecer os melhores tratamentos minimamente invasivos, que podem acelerar a recuperação e minimizar o impacto nas rotinas dos pacientes.
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