Setembro Amarelo: Falar Salva Vidas

O Setembro Amarelo nos lembra da importância de falar sobre um tema sensível e doloroso, mas que precisa ser encarado com coragem: o suicídio. O tema segue urgente no Brasil, pois dados do Ministério da Saúde mostram que o SUS registrou mais de 11 mil internações por tentativas de suicídio no ultimo ano. Os adolescentes estão em uma faixa ainda mais preocupante: cerca de mil jovens de 10 a 19 anos morrem por suicídio anualmente no país, principalmente entre 15 e 19 anos.
Para o psicólogo clínico Luti Christóforo, que atua com base na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, esses números revelam mais que estatísticas. “A ideação suicida não expressa apenas o desejo de morrer, mas, muitas vezes, a necessidade de transformar algo que se tornou insuportável na vida psíquica. O que o paciente quer matar não é a própria vida, mas uma parte de si que adoeceu”, afirma.
Christóforo recorda situações clínicas em que o acolhimento terapêutico fez a diferença. “Um jovem, pressionado por cobranças acadêmicas, acreditava que desaparecer era a única saída. No processo, percebeu que não precisava matar a si mesmo, mas sim os padrões irreais que o aprisionavam. Já uma mulher em depressão após o divórcio descobriu no vazio um espaço fértil para reconstruir sua identidade”, relata.
Setembro Amarelo é importante, mas precisa ser reforçado
Apesar do avanço de campanhas como o Setembro Amarelo, estudos apontam que as taxas de suicídio seguem em alta no Brasil, chegando a 14 mil mortes anuais — o equivalente a 31 vidas perdidas por dia.
Para Christóforo, o caminho está no diálogo contínuo: “Falar sobre suicídio não aumenta o risco, pelo contrário: quebra o silêncio e abre espaço para que a dor encontre acolhimento. Prevenir o suicídio é, antes de tudo, resgatar a vida que ainda pulsa em quem sofre.
O psicólogo ainda reforça que mais do que evitar a morte, o Setembro Amarelo é o momento ideal para resgatar a vida que ainda pulsa dentro de quem sofre: “Sempre existe uma saída que não passa pela autodestruição. Enquanto houver escuta, amor e disponibilidade para caminhar junto, haverá esperança”.
Luti Christóforo reforça também a importância de redes de apoio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188, chat e e-mail.
Luti Christóforo
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