PPP ou PCC: qual o verdadeiro sócio do Paraná nas privatizações?

 PPP ou PCC: qual o verdadeiro sócio do Paraná nas privatizações?

No Paraná, o crime é organizado… e o governo, desorganizado?

Além da Celepar, a semana na Alep teve cobrança por fiscalização de postos de combustíveis, questionamento a isenções fiscais, defesa do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas e repercussão do julgamento de Bolsonaro

Operação Carbono Oculto revela fraudes e expõe falhas do Governo Ratinho Junior nas privatizações
A Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público de São Paulo, revelou fraudes bilionárias ligadas ao PCC e expôs fragilidades nas privatizações conduzidas pelo Governo Ratinho Junior (PSD). O deputado Arilson Chiorato (PT), Líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), alertou que o modelo atual de concessões permite a participação de grupos não identificados, abrindo brechas para o crime organizado. Em Plenário, citou exemplos preocupantes: o terminal PAR50, no Porto de Paranaguá, privatizado por R$ 1 milhão e revendido meses depois por R$ 36 milhões; o programa Comida Boa, que contratou a fintech BK Bank, agora investigada pela PF, em operações que somaram mais de R$ 120 milhões; e a Copel, privatizada em processo assessorado pelo Banco Genial, também citado na investigação. Diante das revelações, o deputado Arilson cobrou a suspensão imediata da venda da Celepar. A empresa armazena dados sensíveis de todos os paranaenses, como registros de saúde, segurança e informações fiscais. Para o Líder da Oposição, entregar esse patrimônio a fundos privados sem transparência representa um risco grave à segurança do estado.

Bancada leva ao TCE riscos da venda da Celepar
Em reunião com o presidente do TCE-PR, Ivens Linhares, e o coordenador-geral de Fiscalização, Rafael Ayres, deputados da Oposição apresentaram as preocupações sobre a venda da Celepar. Participaram do encontro os deputados Arilson Chiorato, Dr. Antenor (PT) e Luciana Rafagnin (PT), Líder do Bloco PT-PR, além de representante do Comitê dos Trabalhadores contra a Privatização da Celepar. Os parlamentares destacaram que a privatização pode comprometer a segurança da população e do próprio estado, já que a empresa armazena dados estratégicos, como informações de saúde, segurança e registros fiscais. Além de cobrar transparência, a Bancada solicitou audiência pública, suspensão do processo e comunicação oficial à Assembleia. O deputado Goura (PDT) também se manifestou contra a venda da Celepar. Ele criticou a falta de transparência do processo conduzido pelo Governo Ratinho Junior e destacou os riscos de vazamento e uso indevido das informações sensíveis da população.

Luciana Rafagnin cobra adesão do Paraná ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas
A deputada estadual Luciana Rafagnin  apresentou requerimento à Secretaria de Segurança Pública do Paraná solicitando informações sobre a adesão do estado ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD), criado pelo Ministério da Justiça. O sistema já reúne mais de 86 mil registros de desaparecimentos e 28 mil de pessoas localizadas em todo o país, integrando informações de segurança pública para agilizar buscas. Luciana reforçou a importância do Paraná participar do CNPD para fortalecer políticas de proteção às vítimas e apoiar famílias.

Requião Filho questiona isenções fiscais a empresa investigada por ligação com PCC
O deputado Requião Filho (PDT) pediu explicações ao governo estadual sobre isenções fiscais concedidas à empresa Alpes Distribuidora de Petróleo Ltda., citada em investigações da Polícia Federal sobre lavagem de dinheiro ligada ao PCC. O parlamentar destacou que a distribuidora recebeu quase R$ 300 mil em benefícios fiscais no Paraná, enquadrada em um programa destinado originalmente à industrialização da mandioca. Requião Filho também cobrou transparência sobre a política de incentivos fiscais do estado, que em 2024 já resultou em perda de arrecadação de R$ 20,8 milhões.

Luciana Rafagnin destaca julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe
A deputada Luciana Rafagnin classificou como histórico o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe contra a democracia. Para ela, o processo representa a chance de garantir que nunca mais o Brasil reviva os horrores da ditadura militar. A parlamentar lembrou que a democracia foi colocada em risco por ações de extrema gravidade e criticou Bolsonaro por contestar as urnas após perder as eleições de 2022. Luciana reafirmou confiança no STF e na Justiça brasileira para punir os responsáveis e proteger o Estado democrático de direito.

Ana Júlia Ribeiro cobra fiscalização do IPEM-PR após fraudes em postos
A deputada Ana Júlia Ribeiro (PT) protocolou pedido de informações ao IPEM-PR sobre a fiscalização de postos de combustíveis após a Operação Carbono Oculto revelar adulterações em 46 estabelecimentos de Curitiba e Região. A parlamentar questiona a rotina de inspeções, reincidências, uso de tecnologias antifraude e possíveis vazamentos de dados de fiscalizações. Para ela, o caso atinge o bolso do consumidor e a credibilidade do setor, exigindo transparência e punições exemplares. Ana Júlia também relacionou o tema à privatização da BR Distribuidora, que retirou do Estado instrumentos para regular preços, e elogiou a atuação do Governo Lula e das instituições federais no combate ao crime organizado.

STJ suspende punição e reforça ilegalidade em processo contra Renato Freitas
O presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, concedeu nova liminar em favor do deputado estadual Renato Freitas (PT-PR), restabelecendo decisão anterior que reconhecia a ilegalidade do processo conduzido pelo Conselho de Ética da Alep. Com isso, a punição aprovada contra o parlamentar segue suspensa e suas prerrogativas parlamentares preservadas. A decisão também apontou que o TJPR não tinha competência para rever a liminar, reforçando os vícios e irregularidades do procedimento. Para Renato Freitas, a medida evidencia a perseguição política que vem sofrendo, especialmente após sua atuação contra a privatização de escolas no Paraná.

Redação O Diário de Maringá

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