Empresa inadimplente, governo Ratinho conivente: calote trava obras no Paraná

O caso dos trabalhadores da PR-317, entre Maringá e Iguaraçu, expõe de forma vergonhosa a fragilidade da gestão Ratinho Junior. Funcionários vinculados à empresa TCE Triunfo estão há meses sem receber verbas rescisórias, FGTS e a multa de 40% garantida por lei. Diante do abandono, recorreram ao fechamento de uma obra em Irati como forma de protesto, não apenas contra a empresa inadimplente, mas sobretudo contra a omissão do governo estadual.
Enquanto Ratinho Junior tenta, a todo custo, vender uma imagem de eficiência na execução de obras públicas, a realidade desmente o marketing oficial. O próprio governador já classificou empresas como a TCE Triunfo de “ruins”, mas, contraditoriamente, mantém contratos com elas e fecha os olhos para a forma como tratam os trabalhadores. Essa negligência não atinge apenas os direitos trabalhistas, mas também a correta aplicação do dinheiro público.
O Estado, que deveria ser o primeiro a fiscalizar, se torna cúmplice por inércia. Ao tolerar práticas abusivas, chancela a impunidade e mostra que, na prática, prioriza a propaganda em detrimento da transparência e da responsabilidade. A propaganda oficial não sustenta famílias sem salário, não paga contas em atraso e muito menos substitui a dignidade roubada de quem ergue as obras.
Esse episódio em Irati é um grito de alerta: o governo não pode seguir terceirizando responsabilidades e fingindo eficiência enquanto trabalhadores são abandonados. Se Ratinho Junior considera a TCE Triunfo uma empresa “ruim”, como justificar a continuidade de contratos milionários com ela? Até quando o contribuinte terá que bancar a incompetência e a leniência de uma gestão que se preocupa mais com a imagem do que com a justiça?
A resposta não está em discursos ou vídeos promocionais. Está na ação efetiva, na fiscalização rigorosa e no respeito a quem de fato constrói o Paraná: os trabalhadores.
Luiz Alves de Oliveira do SiSintrapav/PR tem mais informações. Vjea;