Pupin manda descontar R$ 136 de trabalhadores que ganham apenas R$ 1.056.
O sindicato dos servidores municipais emitiu uma nota sobre este triste episódio, que marca praticamente o fim do mandato do prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP)
“O “pacote de maldades” do prefeito Pupin contra os servidores municipais parece mesmo não ter fim. Pupin, em sua postura vingativa contra os trabalhadores que lutam por seus direitos, lembra mais um “intendente” dos tempos de Tiradentes do que um prefeito dos dias atuais.
Em sua última maldade, o prefeito de Maringá mandou descontar R$ 136 de ACS (agentes comunitárias de saúde) que ganham apenas R$ 1.056. O desconto, que corresponde a três dias de trabalho, veio na folha de pagamento de duas ACS que estiveram em Brasília, em julho, representando a categoria na Marcha Nacional dos ACS/ACE.
Elas estavam na capital federal engrossando o coro pelo piso nacional das ACS e ACE (agentes comunitários de endemias) e lutando pela revogação das portarias 958 e 959/2016 .
Mesmo o SISMMAR tendo oficializado a Prefeitura sobre o motivo da ausência das duas ACS, o desconto foi efetuado. Inúmeros prefeitos de todo o Brasil não descontaram esses dias por compreender a importância dessa luta para uma categoria que ganha um salário muito baixo. Mas a tirania do “intendente” Pupin não lhe permitiu ter o mesmo bom senso dos prefeitos mais humanos. Por entender que o desconto é injusto, arbitrário e inconsequente (em vista do baixo salário dessas servidoras), o sindicato fará o ressarcimento do valor descontado, isso porque as ACS estavam em Brasília representando toda sua categoria.
Esse novo triste episódio apenas ressalta o fato de que a atual administração não valoriza os servidores de carreira. Quantos cargos comissionados (CCs) – que estão na Prefeitura NÃO por merecimento (não prestaram concurso), mas sim por serem “amigos” do grupo político do prefeito – já foram liberados de suas funções para representar o município e não tiveram desconto algum em seus altos salários? E o próprio prefeito, que ganha mais de R$ 22 mil, teve descontados aqueles dias da greve em que ele não apareceu no Paço Municipal para trabalhar?
Lamentavelmente, há prefeitos hoje que se comportam como se estivessem no século 18. Esses não hesitariam em mandar para a força, caso pudessem, aqueles que ousam discordar de suas injustiças – entre elas, por exemplo, a fracassada tentativa de reajustar os salários abaixo da inflação. Felizmente, conquistas históricas de líderes como Tiradentes e muitos outros permitem que, hoje em dia, os trabalhadores possam lutar por seus direitos. fonte: www.maringamanchete.com.br