Eleitor quer saber: quem paga a conta das dívidas milionárias do Grupo Massa?

Eleitor quer saber: quem paga a conta das dívidas milionárias do Grupo Massa?

Enquanto a pré-campanha eleitoral ganha corpo, um tema emerge com urgência e exige respostas imediatas: qual é o estado real das dívidas das empresas da família Massa com a União? Se as reportagens estão corretas, são cifras que beiram R$ 76 a 80 milhões, oriundas de empresas ligadas a Ratinho (senior) nas quais consta como sócio o governador Ratinho Júnior.

Pois bem: antes de afinar discursos de pré-campanha, divulgar agendas de governo, exaltar feitos e projetar o futuro, não deveria Ratinho Júnior (ou sua família) explicar de forma clara, transparente e documentada:

  1. A origem dessa dívida — quais empresas, quais períodos, quais tributos, se há defesas judiciais em curso, se há parcelamentos.
  2. O valor atualizado — dívidas fiscais sofrem acréscimos (juros, multas, correções). Se alguma parte já foi quitada ou reduzida, ou está negociada, isso precisa ser informado.
  3. A responsabilidade atribuída — até que ponto Ratinho Júnior tem participação direta na gestão das empresas devedoras, ou se ele atua em esfera pública estritamente separada dessas empresas.
  4. Impactos éticos e políticos — porque cidadãos têm o direito de saber se quem concorrerá em eleição possui débitos fiscais tão elevados, e como isso pode afetar sua legitimidade ou credibilidade.

Sem esse esclarecimento, fica parecendo que se busca construir imagem pública, fortalecimento político, sem prestar contas de pendências que pesam no debate público. E em democracia, a transparência fiscal e ética são basilares.

Portanto, o correto seria: resolver ou ao menos esclarecer a situação da dívida primeiro; depois, construir a narrativa de campanha. Só quando estiver limpo o terreno, o discurso eleitoral poderá ter a autoridade moral que se espera de quem pretende governar ou expandir poder.

Enquanto isso não for feito, o eleitor fica sem elementos necessários para formar opinião: entre promover realizações e exigir prestação de contas, o segundo é tão essencial quanto o primeiro. Discurso sem clareza vira ruído, e campanhas construídas sobre omissões podem gerar decepções posteriores.

Redação O Diário de Maringá

Redação O Diário de Maringá

Notícias de Maringá e região em primeira mão com responsabilidade e ética

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *