Ágili aponta: nenhum aliado de Ratinho Junior ameaça a liderança de Requião Filho no Paraná

Guto Silva teria que crescer 201,9% para empatar com Requião Filho
A mais recente pesquisa do Instituto Ágili trouxe um dado que soa como um alerta ao Palácio Iguaçu: a única forma de haver segundo turno nas eleições de 2026 é com Requião Filho (PDT) na disputa. O levantamento mostra que nenhum outro nome, nem mesmo os aliados do atual governador Ratinho Junior, consegue tirar o deputado do páreo.
Com 23,6% das intenções de voto, Requião Filho consolida-se como a principal força capaz de romper a bolha política criada nos últimos anos em torno do atual grupo de poder. E esse resultado não é fruto do acaso. Ele reflete o cansaço do eleitor paranaense com a falta de diálogo, o distanciamento do governo e o excesso de marketing em detrimento de resultados concretos.
Ratinho Junior construiu sua imagem com base em uma gestão moderna e eficiente, ao menos na propaganda. Mas, na prática, o que se vê são obras paradas, promessas de investimentos que não saem do papel e um Estado que avança mais nas redes sociais do que nas ruas. O discurso de eficiência começa a se esvaziar quando confrontado com a realidade dos serviços públicos, da infraestrutura precária e da sensação de que o governo atua mais como empresa de comunicação do que como gestor público.
É nesse cenário que Requião Filho surge como o contraponto, oferecendo uma postura firme e disposta a enfrentar temas que o atual governo evita. Seu discurso de valorização do trabalhador, defesa da educação pública e crítica aos privilégios políticos começa a encontrar eco em um eleitorado que não se sente representado pelos mesmos rostos e arranjos de sempre.
A pesquisa da Ágili não apenas mede intenções de voto, ela traduz um sentimento coletivo de impaciência e desejo por mudança. O eleitor quer ser ouvido, quer coerência e quer ver o Paraná voltar a ser protagonista em políticas públicas e não apenas em campanhas de autopromoção.
Se o governo Ratinho Junior quer um aliado no segundo turno, terá de sair da bolha publicitária e olhar de frente para os problemas reais do Estado. Caso contrário, 2026 pode marcar o início do fim da hegemonia construída à base de slogans e marketing político.