Santa Casa de Maringá, Hospital e Maternidade Maria Auxiliadora, em Maringá passam a integrar a rede que fortalece o cuidado materno e neonatal

Santa Casa de Maringá, Hospital e Maternidade Maria Auxiliadora, em Maringá passam a integrar a rede que fortalece o cuidado materno e neonatal

Ministério da Saúde amplia rede Hospital Amigo da Criança com habilitação de três unidades no Paraná

Ação se soma à mobilização que amplia o tratamento para hemofilia infantil no SUSCompartilhe:

Para fortalecer o cuidado desde o nascimento e reduzir as mortes maternas e neonatais, o Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (24), a habilitação de três novas unidades no Paraná como Hospitais Amigos da Criança: a Santa Casa de Maringá, o Hospital e Maternidade Maria Auxiliadora, também em Maringá, e o Hospital São Rafael, em Rolândia. As instituições passam a integrar a rede nacional da iniciativa, que incentiva o aleitamento materno e o vínculo entre mãe e bebê desde os primeiros momentos de vida.

Além dos três hospitais do Paraná que passam a ser considerados Amigos da Criança, tem outros que já tinham esse título e agora ganham um reforço, com novo critério do Cuidado Amigo da Mulher. Essa entrega do Ministério da Saúde significa um incremento no recurso que esses hospitais já recebem, mas também no atendimento humanizado como política de Estado”, pontua a coordenadora-geral de Atenção Especializada, Carmen Cristina Moura dos Santos.

Além do Paraná, outros 10 estados também terão hospitais habilitados, totalizando 18 instituições de saúde. O anúncio faz parte de uma estratégia nacional de qualificação da atenção à gestante e ao recém-nascido, com aumento do investimento anual de R$ 12 milhões para R$ 25 milhões. A ação foi realizada simultaneamente na Bahia e em Pernambuco.

Atualmente, o Brasil conta com 317 Hospitais Amigo da Criança em funcionamento nos 26 estados. Agora, terá mais 18 novas unidades que acabam de ser incorporadas à iniciativa. Além disso, 56 hospitais passam por atualização de código de habilitação, processo que amplia o escopo da rede de hospitais ao incluir o Cuidado Amigo da Mulher, garantindo a permanência da mãe e do pai junto ao recém-nascido de risco. 

No Paraná, além da nova habilitação, sete hospitais passam por atualização de código de habilitação, processo que amplia o escopo da rede para incluir o Cuidado Amigo da Mulher, garantindo a permanência da mãe junto ao recém-nascido de risco. As unidades que passam por essa atualização são:

  • Hospital Ministro Costa Cavalcanti (Foz do Iguaçu);
  • Irmandade do Hospital de Caridade de Irati – Santa Casa de Irati ;
  • Hospital Evangélico de Londrina;
  • Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (Londrina);
  • Hospital Universitário Regional de Maringá;
  • Complexo Hospitalar do Trabalhador (Curitiba);
  • Instituto de Saúde São Lucas de Pato Branco

Essa atualização reconhece práticas de cuidado humanizado que fortalecem a atenção integral desde o parto até os primeiros dias de vida, etapa fundamental para a redução da mortalidade materna e neonatal. Em 2023, o país registrou 1.325 mortes maternas e 40.025 mortes neonatais. A razão de mortalidade materna chegou a 117 por 100 mil nascidos vivos em 2021 por conta do impacto da pandemia, e o índice passou para 55,3 em 2023. Os números reforçam a importância de ampliar e qualificar a rede de atenção à saúde da mulher e da criança em todo o território nacional.

Integrada a outras ações do Ministério da Saúde, como a Rede Alyne, lançada em 2024, com a meta de reduzir em 25% as mortes maternas até 2027, e que já investiu mais de R$ 400 milhões na ampliação de exames de pré-natal e no financiamento de leitos e bancos de leite humano, a iniciativa Hospital Amigo da Criança foi criada em 1992, integra a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e é referência na promoção do aleitamento materno e do cuidado humanizado no parto e no nascimento. 

Esses hospitais seguem os “10 passos para o sucesso do aleitamento materno”, definidos pela OMS e pelo Unicef, e cumprem as normas brasileiras de comercialização de alimentos para lactentes. 

Avanço no tratamento da hemofilia infantil

O Ministério da Saúde mobiliza, nesta sexta-feira (24), o país em defesa da ampliação do uso do medicamento Emicizumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A. No Paraná, a mobilização acontece no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), reunindo profissionais de saúde, associações de pacientes e representantes do governo estadual.

O medicamento já é disponibilizado pelo SUS para outras faixas etárias e tem potencial para beneficiar 1.038 pacientes, reduzindo em mais de 90% os episódios de sangramento, diminuindo hospitalizações, prevenindo sequelas articulares e garantindo mais conforto, segurança e qualidade de vida às crianças e suas famílias. 

O Emicizumabe é aplicado por via subcutânea, de forma semanal, substituindo o tratamento intravenoso frequente com o Fator VIII recombinante. A proposta de incorporação do medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que ainda não emitiu parecer favorável. O tema segue em avaliação pela comissão, após consulta pública que recebeu contribuições favoráveis de entidades de pacientes, profissionais de saúde e representantes da sociedade civil.

Em apoio à decisão, o Ministério da Saúde promove, nesta sexta-feira (24), uma mobilização nacional com a participação de hemocentros, associações de pacientes e profissionais de saúde em cinco estados— Pernambuco, Ceará, Paraná, Pará e Bahia, além do Distrito Federal, reforçando o compromisso do SUS com a inovação, a equidade e o cuidado integral à infância. 

Ministério da Saúde

Redação O Diário de Maringá

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