Paiçandu faz aniversário, mas quem ganha presente é o Chefe de Gabinete?

Paiçandu faz aniversário, mas quem ganha presente é o Chefe de Gabinete?

Paiçandu completa mais um ano de história, mas o presente não vai para a população. Vai para o chefe de gabinete do prefeito. O Projeto de Lei 3892/2025, enviado pelo prefeito Ismael Batista à Câmara Municipal, tenta ampliar ainda mais a estrutura administrativa e aumentar salários de cargos comissionados, incluindo o da chefia de gabinete, que saltaria para R$ 9.900,00. A proposta causa indignação porque se soma a um cenário já extremamente inchado.

Na época do ex-prefeito Tarcísio, existiam cerca de 90 cargos comissionados. Assim que assumiu a prefeitura, Ismael Batista elevou esse número para 246, criando mais 156 cargos. Isso representa um aumento de 173% em relação ao total deixado por Tarcísio. Agora, com o novo projeto, Ismael pretende criar mais de 100 cargos adicionais. Se aprovados, Paiçandu saltará de 246 para aproximadamente 350 funções de confiança. Na prática, somente essa gestão terá criado 256 novos cargos comissionados, o que equivale a um aumento total de 284% em relação ao período anterior.

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Além da expansão da estrutura, o projeto aumenta a remuneração de cargos estratégicos, com destaque para o reajuste da chefia de gabinete. Fontes internas afirmam, supostamente, que essa mudança atenderia a interesses específicos dentro da administração. O atual secretário de Saúde e Chefe de Gabinete, Thiago Céfalo, teria recebido recomendação do Ministério Público de Paiçandu para deixar um dos cargos que acumula. A partir disso, teria surgido a manobra: aumentar o salário da chefia de gabinete para que sua namorada, Adriana Zirondi, assuma o posto já com salário equivalente ao de secretário. Se essa versão se confirmar, não se trata de reorganização administrativa, mas de uma readequação política bancada com dinheiro público.

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Enquanto a prefeitura prioriza a criação de cargos políticos e reajustes seletivos, os servidores concursados continuam esquecidos. As áreas essenciais da cidade enfrentam falta de pessoal e sobrecarga, e ainda assim o governo insiste em fortalecer uma estrutura baseada em confiança política, não em mérito ou necessidade técnica. A população, que enfrenta problemas concretos no dia a dia, é quem paga a conta.

A decisão agora está nas mãos dos vereadores. Eles precisam escolher se aprovarão um dos maiores inchaços administrativos da história de Paiçandu ou se defenderão o interesse público, barrando um projeto que beneficia poucos e prejudica muitos. A população tem o direito e o dever de cobrar posicionamento, questionar e exigir responsabilidade. Paiçandu precisa de transparência, respeito e gestão eficiente, não de um pacote de cargos e reajustes que serve mais ao poder do que à cidade.

Veja o projeto abaixo:

Redação O Diário de Maringá

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