Sete mil e quinhentos reais: esse foi o preço para não questionar o prefeito de Paiçandu?

Sete mil e quinhentos reais: esse foi o preço para não questionar o prefeito de Paiçandu?

A reação do prefeito de Paiçandu, Ismael Batista, e do chefe de gabinete, Thiago Céfalo, ao debate sobre o aumento de cargos comissionados e salários revela muito mais do que eles gostariam. Revela medo do contraditório. Revela preferência por ambientes controlados. E, principalmente, revela uma tentativa de inverter a narrativa usando o lugar onde ninguém pergunta nada, porque ninguém que recebe da Prefeitura costuma perguntar.

Diante da repercussão das matérias que apresentaram documentos oficiais mostrando aumento de cargos e reajustes, o prefeito tinha três caminhos óbvios. Poderia responder ao O Diário de Maringá, ao Maringá News de Ângelo Rigon ou ao jornalista André Almenara. Esses são os veículos que divulgaram informações baseadas nos próprios documentos enviados pela Prefeitura à Câmara Municipal.

Mas ele não escolheu nenhum deles.

Preferiu gravar um vídeo para o serviços paiçandu que recebeu 7.500 reais pagos pela prefeitura de Paiçandu. E, antes que alguém fale em mentira, publicamos abaixo a nota fiscal com o número de empenho exatamente como consta no Portal da Transparência e na própria página beneficiada. Os dados são oficiais e verificáveis.

A escolha não foi aleatória. Foi estratégica. Falar onde ninguém questiona significa não ter que explicar o que está nos documentos. Significa não precisar admitir que os números enviados ao Legislativo são reais e assinados pela própria administração. Significa não correr o risco de um jornalista abrir o papel, mostrar a informação e perguntar: “Está aqui. Confere?”

Essa postura é grave. Um prefeito que só fala onde é protegido não está defendendo a verdade, está defendendo o próprio conforto. E um chefe de gabinete que incentiva esse método ajuda a construir uma bolha de propaganda financiada com dinheiro do contribuinte.

A população de Paiçandu não merece transparência de fachada. Não merece autoridades que se escondem atrás de vídeos ensaiados. Não merece ser chamada de mentirosa diante de documentos que saíram da própria Prefeitura.

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Por isso, reiteramos nosso convite público. O prefeito Ismael Batista e o chefe de gabinete Thiago Céfalo devem atender o telefone, participar de uma coletiva, sentar diante dos documentos oficiais e explicar o que precisa ser explicado.

Se houver qualquer erro, corrigiremos. Mas se tudo estiver exatamente como mostram os papéis, então a mentira não está nas matérias, está no discurso.

O poder público existe para servir, não para fugir. Quem governa Paiçandu precisa entender que transparência não é escolher quem concorda. Transparência é encarar quem questiona.

A cidade merece isso. E nada menos que isso.

Estamos recebendo várias denúncias da área da saúde de Paiçandu. Já estamos investigando e vamos publicar assim que confirmarmos as provas. Será que os Serviços de Comunicação de Paiçandu também estão investigando, ou o silêncio faz parte do pacote de R$ 7.500,00?

Redação O Diário de Maringá

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