Projeto prevê mais segurança na instalação de boxes nos banheiros
Os deputados Alexandre Curi (PSB), Luiz Claudio Romanelli (PSB) e Ademar Traiano (PSDB) apresentaram nesta segunda-feira (08) um projeto de lei que garante mais segurança ao consumidor, sobretudo àqueles que usam box em vidro nos banheiros. A proposta determina às empresas que comercializam vidros para box de banheiro a informar ao consumidor os tipos de vidros de segurança existentes no mercado e que ajudam a evitar acidentes.
“No ato da compra, o consumidor deve ser informado sobre a NBR 14.207/2009, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”, diz Romanelli. O deputado afirma, conforme o projeto, que as películas de segurança devem ser aplicadas nos vidros, de acordo com a norma, para evitar acidentes.
Segundo a proposta, os acidentes domésticos envolvendo esses vidros são muito comuns e as causas são variadas. A quebra pode ser resultado de rachadura e lascas na superfície ou impactos sofridos pelo vidro, que acumula tensões até chegar ao limite e quebrar, sem necessariamente haver o contato do usuário.
No texto, Romanelli justifica que a escolha do tipo correto de vidro para boxes de banheiro é fundamental para garantir a segurança dos usuários. “É fundamental que o consumidor tenha conhecimento dos tipos de vidros permitidos pela norma ABNT NBR 14207/2009. Esta norma técnica especifica os requisitos mínimos para os materiais utilizados no projeto e na instalação de boxes de banheiro fabricados a partir de painéis de vidro de segurança para uso em apartamentos, casas e hotéis”, explica.
Norma técnica — Segundo a norma ABNT NBR 14.207, o vidro de segurança indicado para box de banheiro é o laminado ou temperado. O recomendado são os vidros temperados com espessura de 8 mm, no mínimo. Mais utilizado em box de vidro, ele tem uma resistência até cinco vezes maior do que o vidro comum.
Mais seguro ainda é o vidro laminado, composto por duas chapas de vidro intercaladas por uma película de segurança, que, além de garantir mais resistência, retém os cacos de vidro em caso de quebra.
A película também pode ser colocada externamente nos boxes de vidro temperado. A norma ABNT NBR 14.207 não determina obrigatoriedade da película, mas ela é importante para garantir a segurança do usuário, que pode solicitar a instalação no ato da compra. Vale lembrar que a película tem prazo de validade. Não fazer a substituição da película pode comprometer todo o vidro e causar um acidente maior.
Dicas de segurança — Para evitar acidentes, é importante que o consumidor se atente a algumas dicas de segurança, sobretudo quando o box é manuseado por crianças ou idosos, o que pode provocar ferimentos graves.
Apesar de resistente, o vidro também quebra e precisa ser manuseado com cuidado. Uma dica é colocar proteção nas bordas do vidro para evitar que o material entre em contato com outro vidro, metais e a própria alvenaria. “A norma recomenda utilizar proteção nos furos e recorte com calços feitos de materiais que não absorvam água e muito menos possam vir a apodrecer”, recomenda o deputado.
No caso do box de abrir, a porta deve abrir somente para o lado interno. Essa porta deve ser de fácil remoção pelo usuário, caso ele necessite removê-la, sem correr risco de acidente. Caso o chuveiro fique do lado contrário à porta ou transpasse, a distância mínima exigida é de 50mm.
Mas, caso essa distância seja menor que 50mm, deve-se utilizar um perfil de vedação, com silicone de cura neutra que vede os perfis na alvenaria. Também é importante que tenha drenos do lado interno do perfil guia inferior para melhor escoamento d’água.
Manutenção – Mesmo que o box de vidro não apresente qualquer tipo de problema ou irregularidade em seu funcionamento, é recomendável fazer uma manutenção preventiva a cada 12 meses. Caso o box de vidro apresente qualquer irregularidade ou mau funcionamento, recomende ao cliente interromper o uso imediatamente até fazer a manutenção necessária.
Alguns exemplos de mau funcionamento são: porta abrindo ou fechando com dificuldade; guia da porta quebrada, batedores inferiores ou superiores quebrados ou soltos; contato do puxador da porta com a lateral da outra folha de vidro; dobradiça com jogo ou folga; trava de segurança solta ou danificada e excesso de balanço no conjunto box.
“Todas essas informações são importantes para garantir a segurança do usuário. No caso de crianças e idosos, os cuidados devem ser redobrados, pois se houver quebra do vidro e se ele não foi laminado ou estiver sem película, pode provocar graves cortes e comprometer seriamente a saúde dos usuários”, disse o deputado.