Ministério Público ajuizou ação contra a empresa do Ministro Ricardo Barros e sua filha Maria Victória.
O Ministério Público Estadual divulgou nesta tarde que a 6ª Promotoria de Justiça de Maringá ajuizou ação civil pública por prejuízos causados a consumidores na partida decisiva do Campeonato Paranaense de 2014, em 13 de abril daquele ano, no Estádio Willie Davids.
O release cita dois dos três réus – o Maringá FC e a Federação Paranaense de Futebol -, e não divulga o nome da empresa, mas os leitores do blog do Rigon sabem que se trata da BB Corretora Ltda., que pertence ao ministro interino da Saúde, Ricardo Barros (PP), e à sua filha, deputada estadual Maria Victória Borghetti Barros (PP), candidata a prefeita de Curitiba.
Segundo apurou o Ministério Público, a partida recebeu 19.071 espectadores, quase a lotação máxima autorizada na ocasião pelo Corpo de Bombeiros (19.092). Da lotação autorizada, 4 mil ingressos eram para cadeiras na arquibancada coberta. Entretanto, foram vendidos 8.084 bilhetes para essa área do estádio. Com isso, mais da metade dos compradores de bilhetes ficaram impossibilitados de assistir à partida.
Várias outras irregularidades envolveram o jogo decisivo, como o acesso de pessoas que não haviam comprado ingresso e falhas na revista dos torcedores (o que permitiu a entrada de fogos de artifício disparados contra o campo e contra policiais militares que trabalhavam na partida), entre outras.
Na ação, o MP-PR aponta que houve violação dos direitos: à segurança; de ocupar o local correspondente ao número constante no ingresso; ao patrimônio e ao bem-estar psicológico e moral. A Promotoria de Justiça requer a condenação dos réus (o clube mandante do jogo, a FPF e a empresa responsável pela venda dos ingressos) à indenização por danos individuais (morais e materiais) no montante do lucro auferido irregularmente, calculado em aproximadamente R$ 177 mil, e por danos morais coletivos.
fonte:www.angelorigon.com.br