A câmara de vereadores de Mandaguaçu realizou uma sessão especial nesta segunda-feira (4).
Gargantini vai à Câmara falar sobre suspensão de atendimento no hospital
Suspensão no atendimento das 22h às 7h, de segunda a sexta, é em virtude do cancelamento do contrato com o Estado
A câmara de vereadores de Mandaguaçu realizou uma sessão especial nesta segunda-feira (4).
Os vereadores receberam a presença do médico, diretor do Hospital São Lourenço e ex-prefeito, José Antônio Gargantini.
Gargantini foi até a câmara explicar aos vereadores e à comunidade, porque suspendeu desde o dia 1° de abril, o atendimento no hospital das 22h às 7h, de segunda a sexta-feira.
De acordo com o médico, o atendimento era garantido durante a semana nesses horários, graças a um convênio firmado em junho de 2014, entre governo do Estado e a prefeitura – intermediado por ele na época – que garantia o repasse de R$ 45 mil mensais para o hospital.
O corte no atendimento ocorreu no último dia 1°, porque segundo Gargantini, o hospital não recebe mais o repasse do recurso há nove meses.
“O governo suspendeu o contrato em junho do ano passado, porque a Controladoria Geral do Estado (CGE), o considerou irregular, a exemplo de convênios da mesma natureza, firmado também na época com hospitais de outros 37 municípios do Paraná, que também foram suspensos”, disse Gargantini.
O médico cobrou os repasses dos recursos referente a esses nove meses em que o hospital atendeu no horário das 22h às 7h de segunda à sexta-feira, o que perfaz um total de R$ 405 mil.
Ele disse que não fará mais atendimento nesses dias e horários da semana, enquanto não receber os atrasados e um novo tipo de repasse for formalizado.
O convênio da prefeitura com o Hospital São Lourenço para atendimento das 22h de sexta-feira às 7h da manhã de segunda-feira e durante os feriados, continua ativo.
Nos finais de semana e feriados, os atendimentos serão realizados normalmente. Esse convênio é diretamente com a prefeitura e os recursos repassados são do município.
A prefeitura e a câmara devem discutir a situação, nesta terça-feira (5), com o objetivo de encontrar meios, que garantam um convênio para a retomada no atendimento do hospital, nos dias da semana entre 22h e 7h.
A direção do hospital ainda informou que, caso não haja recursos para realização desses atendimentos, a instituição que está no município há cerca de 65 anos, corre o risco de fechar as portas.