Tarifas entre EUA e América do Sul alteram dinâmica da logística internacional
As tarifas anunciadas pelos Estados Unidos para produtos originários da América do Sul reacenderam debates sobre custos logísticos, competitividade e planejamento de rotas no comércio exterior. Setores como agronegócio, manufatura leve, têxteis, eletrônicos e autopeças passaram a sentir os efeitos diretos nas negociações bilaterais e na escolha de modais.
A PLEX Logistics, que atua com soluções de transporte internacional e gestão integrada de operações, avalia que o impacto chega tanto para importadores quanto para exportadores, exigindo ajustes na precificação, revisão de contratos e maior atenção ao transit time.
Para Calu Noldin de Mafra, diretora de operações e sócia da PLEX Logistics, o momento requer visão estratégica.
“A aplicação das novas tarifas pressiona custos e pode alterar rotas consolidadas. Empresas que trabalham com planejamento prévio, diversificação de origens e acompanhamento contínuo da política comercial tendem a enfrentar esse cenário com mais segurança”, afirma.
A executiva destaca que os efeitos não se limitam ao custo imediato.
“A tarifa influencia decisões de médio prazo, como relocalização de fornecedores, uso de zonas de livre comércio e contratos de longo prazo com transportadores. Isso exige comunicação clara entre embarcadores, agentes de carga e operadores logísticos”, explica.
Segundo a PLEX, a adoção de análises comparativas entre modais, revisão de custos portuários e avaliação das rotas que passam por hubs alternativos podem ajudar empresas a compensar variações tarifárias e manter previsibilidade.
A empresa reforça que a leitura aprofundada das medidas dos EUA e o acompanhamento regulatório dos países latino-americanos serão importantes para evitar surpresas ao longo de 2026.


