Se o Paraná quer ser exemplo para o Brasil, Ratinho Junior e Guto Silva precisam se explicar

Se o Paraná quer ser exemplo para o Brasil, Ratinho Junior e Guto Silva precisam se explicar

Deputados e ex-governador cobram investigação sobre denúncias de caixa dois e possível envolvimento de Guto Silva em esquema ligado à Sanepar

Declarações públicas dos deputados estaduais Requião Filho, Tadeu Veneri e Arilson Chiorato, além do ex-governador e senador Roberto Requião, intensificaram a pressão por esclarecimentos após a divulgação de reportagens do jornal O Diário de Maringá e de áudios que levantam suspeitas de caixa dois e de possível envolvimento do secretário estadual das Cidades, Guto Silva, em um esquema ligado à campanha ao governo do Paraná e a empresas estatais como a Sanepar, a Cohapar e a Copel.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado Requião Filho afirmou que as denúncias já são de amplo conhecimento da população e defendeu uma apuração rigorosa por parte das autoridades competentes.

“Se você não está morando embaixo de uma pedra, você deve ter visto as denúncias e o escândalo de corrupção e caixa dois envolvendo o governo do Paraná e a Sanepar. Eu quero saber a verdade sobre isso. E você, paranaense, também quer saber”, declarou.

Requião Filho cobrou que os áudios revelados pelo O Diário de Maringá sejam periciados e que, caso as informações se confirmem, os responsáveis prestem esclarecimentos. “Quero um Paraná passado a limpo, um Paraná que avance, sem corrupção”, afirmou.

Denúncias apontam esquema de caixa dois e pressão sobre servidores

O deputado Tadeu Veneri classificou como “extremamente grave” a reportagem publicada pelo O Diário de Maringá, que aponta a existência de um déficit de cerca de R$ 4 milhões na campanha ao governo do Estado. Segundo ele, há indícios de um esquema de caixa dois, que teria sido alimentado por pressões sobre servidores comissionados de estatais paranaenses.

De acordo com os relatos citados na reportagem, funcionários da Sanepar, da Cohapar e da Copel teriam sido pressionados a realizar contribuições financeiras após o período eleitoral. Os áudios também mencionam interlocutores ligados à estrutura do governo estadual, entre eles o secretário Guto Silva, citado como possível articulador político, segundo o conteúdo divulgado.

“Não adianta simplesmente negar dizendo que isso é coisa da oposição. É preciso que ele explique, com provas, que não tem nada com isso”, afirmou Veneri, ao cobrar esclarecimentos do governador.

Áudios levantam suspeitas sobre arrecadação irregular

Trechos de áudios divulgados pelo O Diário de Maringá e reproduzidos em vídeos de parlamentares reforçam as suspeitas de caixa dois ao mencionar valores, arrecadação e supostos repasses vinculados à campanha.

Em uma das falas atribuídas a Rafael Malaguido, é citado o valor de quatro milhões de reais e a tentativa de angariar recursos junto a diferentes estatais. Outros trechos fazem referência a depósitos fracionados, possíveis repasses por meio de benefícios como o Programa de Participação nos Resultados (PPR) e menções a dirigentes das empresas.

Os parlamentares destacam que os áudios ainda precisam passar por perícia técnica oficial, para confirmação de autenticidade, contexto e eventual responsabilidade criminal ou eleitoral.

Arilson Chiorato cobra esclarecimentos sobre Guto Silva e estatais

O deputado estadual Arilson Chiorato afirmou que pretende protocolar pedidos de informação, cobrar explicações das estatais e acionar o Ministério Público, inclusive sobre o possível envolvimento de agentes políticos, como o secretário Guto Silva, citado nas reportagens.

Segundo Chiorato, a gravidade do material exige uma investigação profunda para esclarecer se houve uso da estrutura do Estado para financiamento irregular de campanha.

Roberto Requião defende punição dura se denúncias forem comprovadas

O ex-governador do Paraná e senador Roberto Requião também se pronunciou publicamente. Em declaração, afirmou que, caso o esquema de caixa dois e o envolvimento de agentes públicos sejam comprovados, a resposta do Estado deve ser rigorosa. No estilo Requião, ele entra com os dois pés.

“Se for comprovado, é cadeia e cacete”, afirmou Requião, ao defender punição exemplar para eventuais responsáveis.

Cobrança ao Ministério Público

Os parlamentares e o ex-governador defendem que o Ministério Público e o Ministério Público Eleitoral conduzam uma apuração ampla, independente e transparente sobre as denúncias de caixa dois, o uso de estatais e o possível envolvimento de Guto Silva e outros agentes públicos.

Até o momento, não há informação oficial sobre a abertura de investigação nem manifestação pública dos citados. As lideranças políticas ressaltam que a apuração deve garantir o direito de defesa, mas também a responsabilização, caso as irregularidades sejam confirmadas.

Enquanto o comercial da Havaianas fala em entrar em 2026 com os dois pés, Ratinho Junior e Guto Silva entram no período pós-denúncias com a esquerda pegando no pé e sendo cobrados por respostas sobre o suposto caixa dois.

Redação O Diário de Maringá

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