Fevereiro laranja: Você sabia que o hemograma pode auxiliar na investigação da leucemia?
Maringá, fevereiro de 2021 – O hemograma é um exame de sague indicado para auxiliar no diagnóstico de múltiplas doenças e também para o acompanhamento das mesmas. O teste avalia as células sanguíneas do paciente, verifica a contagem de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. O exame é fundamental na investigação de pacientes com leucemia, sendo considerado importante teste para a suspeita de cânceres hematológicos. O resultado do hemograma pode apresentar alterações na contagem das séries hematológicas: plaquetas responsáveis pela coagulação, glóbulos vermelhos que quando baixos causam a anemia e nos valores dos glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo contra agentes infecciosos.
Para a hematologista e oncologista do laboratório São Camilo, Jerusa Miqueloto, o hemograma está entre os exames mais importantes no diagnóstico da doença. “A leucemia aguda, pode ser indicada diante das alterações das três séries do hemograma. Na maioria das vezes, uma leucemia aguda pode ser notada com a diminuição da hemoglobina, aumento do número de leucócitos, queda da contagem de plaquetas e presença de blastos no hemograma, que são os leucócitos baixos que ainda não se diferenciaram. Um paciente com leucemia crônica, pode apresentar aumento dos linfócitos indicando anomalia nas células maduras, que pode cursar ou não com alterações de plaquetas ou da hemoglobina, dependendo da fase da doença”, explica Miqueloto.
Os especialistas devem solicitar outros exames para conclusão do diagnóstico e checar exatamente o subtipo da leucemia. “Os exames realizados para complementação diagnóstica são o mielograma e a imunofenotipagem de medula óssea. A coleta de material é feita por meio da aspiração do osso da bacia ou do esterno, na qual uma pequena amostra de sangue é coletada e encaminhado para análise em laboratório especializado”, conta.
Existem vários tipos de leucemia, sendo que são separadas conforme a morfologia das células, forma e velocidade em que a doença evolui. As leucemias crônicas evoluem lentamente, já a aguda costuma piorar de maneira rápida. “Existem também alterações genéticas relacionadas a subtipos de leucemias que auxiliam no diagnóstico e também no prognóstico da doença. Por exemplo, na LMC (leucemia mieloide crônica) quase sempre ocorre uma fusão entre os cromossomos 9 e 22, chamada cromossômo Filadélfia (Ph) ou mutação do gene BCR-ABL, nos pacientes que desenvolvem essa doença. Este diagnóstico é possível por meio da análise do cariótipo da medula óssea ou de exames genéticos específicos, que podem ser coletados de sangue periférico, disponíveis no laboratório”, comenta Jerusa.
Os sinais da leucemia são relacionados ao aumento do risco de infecções por queda das defesas do organismo, palidez cutânea e cansaço devido anemia e aumento de sangramentos por alterações de plaquetas e da coagulação. O paciente pode ainda apresentar: aumento de gânglios linfáticos, perda de peso e dores nos ossos. O monitoramento e o tratamento da doença são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida do paciente. Para cada caso existe um tratamento específico indicado, como por exemplo a quimioterapia, a leucemia deve ser tratada em centros especializados por especialistas.
Sobre o GRUPO SÃO CAMILO
O Grupo São Camilo atua há mais de 40 anos em Maringá (PR) e região oferecendo atendimento de
excelência, amplo portfólio de exames e equipamentos de alta tecnologia, realizando exames de análises clínicas e imagem. O laboratório possui 5 unidades hospitalares, 1 unidade de Anatomia Patológica e 13 unidades de atendimento, entre elas a Materno Infantil e a Unidade Melhor Idade, além de oferecer também o serviço de Coleta Domiciliar. O Grupo São Camilo integra a Dasa, líder brasileira em medicina diagnóstica e maior empresa do setor na América Latina, rede que processa 250 milhões de exames por ano, atendendo mais de 20 milhões de pessoas em todo o país, com um portfólio de mais 2.500 tipos diferentes de exames