O que as mulheres devem saber sobre o câncer de colo de útero?
O câncer do colo do útero ou cervical, é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo Papilomavírus (HPV). A infecção por algumas espécies de HPV (chamados de tipos oncogênicos), têm papel importante no desenvolvimento anormal das células do colo uterino e na possível transformação em câncer.
Segundo Instituto Nacional de Câncer — INCA, (exceto as lesões de pele não melanoma), a lesão de colo de útero, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina.
A presença do vírus do HPV, é visto com frequência, porém, na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem somente alterações celulares que podem ou não evoluir para um câncer, isso dependerá da efetividade e rapidez no diagnóstico e tratamento. Facilmente, é diagnosticado no exame preventivo, conhecido também como Papanicolau, e são curáveis na quase totalidade dos casos, assim, é tão importante a realização periódica da prevenção bem como os cuidados com a saúde.
A detecção precoce do câncer é a melhor forma de evitar o agravamento e morte. Os tumores detectados em fase inicial, por meio do papanicolau, possibilitam maiores hipóteses de tratamento e cura, que podem ser feita por meio da investigação em exames periódicos — o mais recomendado.
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O rastreio, é realizado através de um exame clínico, simples e rápido, podendo no máximo, causar um pequeno desconforto. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.
A principal forma de prevenção contra o HPV e suas decorrências, é o uso de preservativo nas relações sexuais. A transmissão da infecção ocorre por via sexual e o uso de preservativos protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal. Desta forma, prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). Além da infecção pelo vírus, outros fatores de risco para o câncer de colo de útero são:
• Atividade sexual com múltiplos parceiros ou sem proteção;
• Tabagismo
• Más condições de higiene;
• Ser HIV positivo
• Contaminação por clamídia;
• Obesidade.
Por ser uma doença de desenvolvimento lento, a fase inicial do câncer de colo de útero não costuma apresentar sinais e sintomas. Em estágios mais desenvolvidos ou quando já acometeu outras regiões, a doença pode causar:
• Sangramento vaginal anormal;
• Sangramento e dor após a relação sexual;
• Menstruação mais longa que o comum;
• Dor abdominal;
• Secreção vaginal anormal, acompanhada ou não de sangue.
Esses sinais e sintomas não são exclusivos do câncer de colo de útero, também podem acontecer devido a outros fatores, porém, caso perceba algum deles, procure um ginecologista para identificar o motivo e indicar a melhor conduta.
Uma avaliação clínica ou um acolhimento adequado, pode ajudar muito no diagnóstico e tratamento da doença. Este, compreende em um exame pélvico, história pregressa, casos na família, além de inspeção do canal vaginal e colo do útero, através de uma avaliação com espéculo e o colposcópio — aparelho capaz de visualizar com maior nitidez de modo a identificar possíveis lesões anormais nessas regiões. Portanto, é de extrema importância, que as mulheres em fase sexual ativa, façam seus exames periodicamente, visto que, com isso podemos evitar uma série de consequências desagradáveis. Ainda é comum, ver uma determinada resistência em focar na prevenção, no equívoco de que a falta de sintomas remete ao bem-estar, mas nem sempre estamos certos. Diante do exposto, com tantas situações e nomenclaturas diferentes do cotidiano de muitas mulheres, é comum que causam estranhamento e medo, e consequentemente a fuga dos exames de rotina. Não é para menos, pois, estamos falando de algo que ainda causa muita incerteza e temor. Entretanto, destacamos aqui o quanto é importante a prevenção, mesmo estando tudo bem, ademais, prevenir é um passo atrás da doença — é anteceder o pior. Com essa conscientização, o faremos de forma natural e agradável — cuidar da nossa saúde! Sendo assim, podemos garantir que, a maioria dos casos possa ser evitados, ou até tratáveis se detectados a tempo, sem a necessidade de invasão e progressão da lesão.
Prevenção, sempre será o melhor caminho!