Mulheres: não se esqueçam de olhar para si com amor, sensibilidade e compaixão
Outubro chega ao fim, mês em que é comemorado os cuidados com a saúde da mulher. Março, também comemora o dia internacional da mulher, onde é exaltada como exemplo de força, delicadeza e feminilidade.
Na verdade, equivocadamente comemoramos somente esses meses, pois, merecidamente podemos comemorar todos os dias, meses, anos pela sua força, coragem, determinação. Não é de hoje que elas desempenham inúmeros papéis no campo social, político, financeiro, como mães, pais, esposas, filhas, donas de um empoderamento conquistado e justo.
No cotidiano, a maioria possui excesso de tarefas, comumente visto como “normal”. A dupla jornada profissional e doméstica, o papel de mãe, esposa, amiga, filha, termina sobrecarregando e gerando desgaste emocional.
Por muitas vezes, ainda bate o sentimento de culpa por não conseguir dar conta de tudo da forma como esperava, trazendo frustrações consigo mesma. Afinal? Até que ponto é saudável sermos super mulheres?
Desde que isso não torne prejudicial, causando exaustão na maioria do tempo, com perda de interesse para realizar tarefas antes prazerosas, e falta de sentido com a própria vida, pois, são sintomas clássicos de sobrecarga.
É claro que em determinadas circunstâncias, ficamos em uma linha tênue entre as responsabilidades e a redução das tarefas, o que nem sempre é possível. Entretanto, vale lembrar que somos humanas, erramos, aprendemos, refazemos nosso caminho, diversas vezes, e em muitas delas, precisamos mudar a trajetória, rever os projetos, e está tudo bem.
Mais importante que conseguir trilhar exatamente o caminho que traçamos, é não se punir quando sair do roteiro. Imprevistos acontecem e também servem de aprendizado.
Em primeiro lugar, podemos elencar nossas prioridades, e as demais, organizá-los conforme nosso tempo.
Tentar carregar tudo, só nos fará desenvolver o sentimento de culpa, e essa, quando toma conta, desanima e desmotiva. Esse é um momento em que precisamos de compaixão por nós mesmas, pois, deparamos com o nosso próprio julgamento. Nada é mais angustiante, do que ser acorrentadas por nossas cobranças. Talvez seja o maior ato de crueldade conosco mesmo.
Não importa o que fazemos, da forma que fizermos, sempre seremos julgadas — sobre como agir, pensar, nossas opiniões, nosso profissionalismo, nossa vida — enfim. Vão julgar seu modo de ser, seu relacionamento, suas roupas, o corte do seu cabelo, a cor do seu batom! Não irão se importar com sua essência, apenas com o que verão bem na superfície. Quem anda com seus sapatos, é você, a única pessoa que sabe onde dói.
Então, caminhe, no seu tempo, sem sufocar sua liberdade. Continue fazendo o que te tornas a melhor pessoa. Ser mulher é ser multitarefas, e às vezes com lágrimas nos olhos enfrentamos tudo e todos — é isso que nos faz brilhar por dentro. Sendo assim, não esqueça de olhar para si com amor, sensibilidade e compaixão. As mulheres também são capazes de se acolher, apesar de tudo!