Preso por estupro quer assumir vaga deixada por ministro na Câmara.
Osmar Bertoldi (DEM-PR) recorre ao STF para deixar a prisão e assumir mandato na Câmara em razão da posse de Ricardo Barros no Ministério da Saúde. Ele está preso desde 24 de fevereiro por uma série de crimes, como cárcere privado e estupro da ex-noiva.O suplente Osmar Bertoldi (DEM-PR) deveria assumir, nesta sexta-feira (13), a vaga aberta na Câmara com a posse do deputado Ricardo Barros (PP-PR) como ministro da Saúde. Bertoldi, no entanto, está preso desde 24 de fevereiro por uma série de crimes, como cárcere privado e estupro da ex-noiva. Na última terça, Bertoldi teve negado pela Justiça pedido para deixar a prisão. As informações são do jornal Extra.
Mesmo na prisão, Bertoldi não desiste da Câmara. O advogado eleitoral do suplente, Guilherme Gonçalves, disse que aguarda decisão imediata do Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a posse de seu cliente. “Está tramitando no STF um mandado de segurança visando a garantia da posse. Ontem (quinta), foi concluso ministro Luiz Fux como relator e aguardamos uma decisão nas próximas horas, mais tardar nos próximos dias”, afirmou o advogado ao Paraná Portal.
Deputado estadual por dois mandatos e ex-vereador em Curitiba, Bertoldi chegou a exercer o mandato na Câmara entre 4 de fevereiro e 21 de maio do ano passado devido ao licenciamento de outro deputado. Em sua passagem por Brasília, ele assinou pedido de instalação da CPI da Petrobras. No perfil do político no Facebook, há diversas fotos dele em manifestações contra a corrupção e a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Também aparecem registros de encontros dele com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na Justiça Federal.
Acusação
Em agosto do ano passado, Tatiana Bittencourt denunciou Bertoldi ao Ministério Público. Dois meses depois, ele foi preso pelos crimes de lesão corporal dolosa, constrangimento ilegal, ameaça, estupro e redução à condição análoga à escravidão. As acusações contra o suplente são baseadas na Lei Maria da Penha e no Código Penal. Segundo Tatiana, os maus-tratos ocorreram após ela decidir romper o noivado. Ela contou, ainda, que o ex-noivo lhe ofereceu dinheiro em troca de silêncio.
Embora faça parte da coligação que elegeu Barros e o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e a mulher do novo ministro, Cida Borghetti (PP), Bertoldi não foi indicado pelo deputado licenciado para ser seu substituto. Diferentemente do que ocorre na disputa ao Senado, onde a chapa é formada por um titular e dois suplentes previamente escolhidos, na Câmara a suplência é definida com base na ordem de votação da coligação. Ricardo Barros responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção, peculato e crime contra a Lei de Licitações.Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=fp3vAmCa1tM