Vereadores elogiam esforço da Sanepar, mas demora em ações causa preocupação.
Para os vereadores que participaram da reunião com técnicos da Sanepar e visitaram na manhã de ontem a unidade de captação do Rio Pirapó, a Companhia vem se esforçando para evitar uma nova crise no abastecimento de água em Maringá, como a ocorrida no ano passado. A preocupação é com a demora na implantação dos projetos e dos equipamentos anunciados, que, segundo a empresa, deve-se a questões burocráticas.
A Sanepar informou que está investindo R$ 15, 9 milhões em obras emergenciais para evitar problemas no abastecimento em caso de novas inundações na unidade de captação.
Entre elas, a perfuração de mais quatro poços artesianos, a instalação de um reservatório de 2 mil metros cúbicos no Cidade Alta, e a implantação de um sistema contínuo de monitoramento do nível do Pirapó e de um novo Centro de Controle Operacional.
A Companhia informou também que adquiriu dois motores elétricos de reserva; sete conjuntos de motobombas submersíveis; e novos quadros de comandos elétricos. Esses últimos terão um dispositivo para erguê-los quando o nível do Pirapó chegar a níveis críticos.
Os quatro poços artesianos já foram perfurados, mas só devem entrar em operação no início do ano que vem; e os equipamento já comprados ainda não foram instalados, o que está previsto para o início do segundo semestre deste ano – devido aos demorados processos licitatórios.
Ainda preocupa
Por isso, o presidente da Câmara Municipal, Mário Hossokawa, diz que a situação ainda é preocupante. Ele elogiou o fato de a empresa ter adquirido dois motores reservas que não mais ficarão juntos com os em funcionamento, o que já é uma garantia de que poderão ser usados em caso de emergência. “Claro que se houver outra enchente como a do ano passado, teremos problemas; mas o que não dá pra admitir é a demora na resposta como aconteceu no ano passado”.
Para o vereador Homero Marchese, “A empresa, dentro das limitações da burocracia estatal, adotou os passos necessários. O que deve ser feito agora é monitorar a instalação dos equipamentos, que inclusive já chegaram”, completou.
O vereador Carlos Mariucci também elogiou o esforço da empresa em buscar aperfeiçoar o seu serviço e evitar uma nova crise como a do ano passado. “Nós temos uma grande preocupação com a questão da água, mas também temos uma empresa que faz um trabalho muito importante para Maringá”. Mariucci disse, porém, que continuará questionando os altos valores cobrados da população pelo tratamento da água e esgotamento sanitário.
Já Alex Chaves lembrou que os fenômenos climáticos estão mudando e é preciso estar preparado. “Aparentemente, a Sanepar tem se preparado. Mas temos muitas dúvidas. Estamos tentando esclarecer todas elas. Eles me convenceram que estão se esforçando muito. Mas para ver o resultado final disso, somente quando tivermos outra chuva daquelas proporções”, concluiu.
PRESIDENTE NA CÂMARA
O diretor presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, anunciou ontem que estará no Plenarinho da Câmara Municipal de Maringá, a partir das 14h da próxima sexta-feira (20-01), para detalhar os projetos da Companhia para Maringá e para responder aos questionamentos dos vereadores.