Universidade seleciona diabéticos para pesquisa sobre uso de shake de fava no controle da glicemia
O estudo realizado pelo programa de Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo (UP) busca comprovar se o alimento à base de proteína vegetal pode auxiliar no tratamento do diabetes tipo 2
O programa de Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo (UP) está selecionando 30 voluntários portadores de diabetes tipo 2 para participar de uma pesquisa que busca evoluir no tratamento da doença. O objetivo do estudo, que será realizado com pessoas da faixa etária entre 18 e 60 anos, é identificar se o shake vegetal de fava é eficaz no controle da glicemia.
A ação faz parte do projeto de doutorado em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo (UP), de autoria da coordenadora do curso de Nutrição da UP, professora Priscila Dabaghi. O trabalho teve início em 2019 e as motivações com a pesquisa se deram por conta da valorização e do crescimento dos alimentos plant based, por questões aliadas à sustentabilidade e ao meio ambiente. “Pelos resultados na literatura científica que conferem às leguminosas (como é o caso da fava, do feijão, da ervilha) efeitos benéficos sobre o controle da glicemia. Dessa forma, pensamos em desenvolver um alimento de fácil consumo (como um shake com as proteínas da fava) para incluir na alimentação de diabéticos”, explica.
O shake, segundo a professora, foi desenvolvido por um parceiro da indústria de alimentos, que combinou o concentrado proteico de fava com outros ingredientes naturais, a fim de obter características sensoriais desejadas de cor, aroma, textura e sabor. “Quando a nossa formulação foi comparada em testes sensoriais com dois shakes comerciais, o produto final se mostrou muito bem aceito”, revela Priscila.
Após o desenvolvimento do shake de fava, iniciaram os testes com humanos. “Os resultados foram bastante animadores, pois quando o shake de fava foi incluído em uma refeição com teste de alto índice glicêmico (composta por pão francês e geleia de fruta), a glicemia (açúcar do sangue) dos participantes não se elevou da mesma forma que quando o shake não foi oferecido”, explica. “Isso mostra que, ao consumir o shake com alimentos normalmente contraindicados na dieta de diabéticos, podemos ter um efeito protetor”, considera.
Requisitos para a pesquisa
Para participar da pesquisa, o voluntário precisa ter entre 18 e 60 anos, exame de hemoglobina glicada menor que 7 nos últimos quatro meses (HbA1C<7%), e não ser usuário de insulina. Também não pode utilizar inibidores de apetite, esteróides, ou medicamentos que afetem a motilidade gástrica. Nem ser gestante ou estar amamentando. Mas qualquer outro medicamento pode ser utilizado sem interferência (analgésico, antibiótico, antidepressivo, entre outros). Intolerantes à lactose, se quiserem, podem tomar a enzima de forma usual e participar do exame, visto que apenas em um dia será oferecido produto à base de soro de leite (whey), que possui menos de 3 gramas de lactose por porção.
Após a inscrição, os voluntários selecionados precisarão estar disponíveis nas manhãs dos dias 5, 7 e 9 de dezembro, para as coletas de sangue, que serão feitas no Laboratório de Análises Clínicas da Universidade Positivo, no campus Ecoville, em Curitiba.
Como funciona o estudo
Em cada experimento, o voluntário precisa estar de jejum de 8 a 12 horas para a coleta inicial. Depois, receberá uma refeição padrão com uma quantidade calculada de carboidratos e, a partir de então, será colhida a curva glicêmica (coletas de sangue para verificação da glicemia pelo tempo de 180 minutos). Assim, nos três dias agendados (5, 7 e 9 de dezembro), o voluntário repetirá essas etapas.
Ao final dessa fase e com a entrega de dados para a pesquisa, cada participante terá um diagnóstico do estado nutricional e um laudo técnico, apontando possíveis pontos de ajustes na dieta para melhorar a saúde. Todos que desejarem podem prosseguir com o acompanhamento na Clínica de Nutrição da Universidade Positivo, gratuitamente.
Serviço
Pesquisa sobre uso de shake de fava no controle da diabetes
Local: Laboratório de Análises Clínicas – Universidade Positivo (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Ecoville). Estacionamento 8, atrás do bloco da pós-graduação.
Data da realização da coleta: dias 5, 7 e 9 de dezembro, das 8h às 11h30
Inscrições pelo formulário: bit.ly/pesquisa-diabetes-UP
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em Ensino Superior entre as IES do Estado do Paraná e é uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta e mais de 400 mil metros quadrados de área verde no campus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A Instituição conta com três unidades em Curitiba (PR), uma em Londrina (PR), uma em Ponta Grossa (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de graduação, centenas de programas de especialização e MBA, cinco programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam cerca de 3.500 metros quadrados. Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em up.edu.br/