Startup de Maringá faz parceria e fortalece o agronegócio brasileiro
A Cumbre, startup de Maringá que reúne alguns dos maiores nomes do agro brasileiro, iniciou uma parceria inédita com o Centro Universitário Integrado de Campo Mourão para que os estudantes de agronomia tenham uma formação ainda mais completa.
A ação amplia a Vertical do Agro – ecossistema de ensino inédito no Brasil, elaborado pelo Integrado – que traz soluções diferenciadas para ajudar a gerir a carreira do estudante de agronomia desde quando ele pensa em cursar a graduação, até depois de formado. A iniciativa se baseia em três pilares que envolvem educação, inovação e tecnologia.
“Por meio desse acordo, nossos acadêmicos terão acesso gratuito aos cursos de Capacitação Para Entrevistas e Novos Líderes do Agro, que serão ministrados de maneira online pela Cumbre”, explica o diretor de Negócios do Grupo Integrado, Rafael Zampar.
Mais preparo
Os treinamentos da Cumbre vão abordar temas para quem busca o primeiro emprego, quer uma recolocação ou deseja ser promovido; as premissas da venda consultiva, gestão de resultados, do tempo e clientes, além de abordar soft skills como escuta ativa, negociação e liderança.
“O município de Campo Mourão e os da região são considerados o berço do agronegócio paranaense. Estamos numa extensa área de terras altamente tecnificadas e uma das mais produtivas do Brasil. Por isso, esses aprendizados qualificam ainda mais quem vive e atua no segmento”, destaca Zampar.
Segundo o governo estadual, o Paraná é o segundo maior produtor de grãos no Brasil, é líder na produção de proteína animal, está entre os maiores exportadores de alimentos e tem o maior número de cidades da região Sul entre as 100 mais ricas do agronegócio nacional.
Nomes de peso
Para que o conhecimento da startup seja totalmente absorvido, os estudantes do Integrado vão participar de interações ao vivo com professores renomados da Cumbre que incluem Gerhard Bohne, ex CEO da Bayer e com 35 anos de experiência; Thomas Britze, que atuou em cargos de liderança em multinacionais como a Helm, AMVAC e tem 38 anos de experiência; e Fábio Guerra, head de Vendas Brasil e Paraguai da Syngenta Seeds e tem 15 anos de experiência.
“Essa customização vai trazer enormes diferenciais aos acadêmicos. A troca de informações ao vivo com quem vive na prática o que ensina, conhece os mercados nacionais e internacionais complementará as habilidades técnicas e ampliará a visão dos futuros agrônomos. Vamos repassar conteúdos de maneira simples, prática e 100% aplicáveis no cotidiano de quem atua no campo”, diz Felipe Treitinger, fundador e CEO da Cumbre.
Mercado exige qualificação
Segundo o Relatório de Consulta Avançada, de novembro de 2022, do Ministério da Educação, mais de 93 mil engenheiros agrônomos se formam no Brasil todos os anos, em mais de 300 instituições de ensino superior, sem contar as vagas para técnicos agrícolas. Porém, a quantidade não se reflete em qualidade. “Faltam profissionais preparados e capacitados, com as habilidades e competências que as empresas buscam”, afirma Treitinger.
Para o CEO da Cumbre, além da base técnica – com o desenvolvimento das novas tecnologias, o 5G, a inteligência artificial, o uso de informações de maneira exponencial, máquinas autônomas e IOT – o profissional que deseja se destacar no mercado precisa ter capacidade de analisar dados, transformá-los em conhecimentos e em insights relevantes, além de ter senso crítico para avaliar muitas variáveis ao mesmo tempo.
“As habilidades sociocomportamentais, a visão de negócios, a tomada de decisões em ambientes ambíguos e incertos também são competências já demandadas. Tudo o que a máquina não consegue reproduzir ou replicar será cada vez mais ressaltado”, enfatiza Felipe Treitinger.
Aprendizado contínuo
E quem investir em qualificação, tiver vontade de aprender cada vez mais e adquirir novos conhecimentos terá um grande mercado pela frente. Números do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostram que o Valor Bruto da Produção Agropecuária brasileira em 2022 fechou com 1,189 trilhão de reais. As lavouras faturaram R$ 814,77 bilhões e a pecuária chegou a R$ 374,27 bilhões. Para 2023, a estimativa é crescer 6,3%.
“O mercado de trabalho para os profissionais de agronomia está passando por mudanças significativas, impulsionadas principalmente pela evolução da tecnologia, da necessidade de aumento da produtividade e da crescente preocupação com a sustentabilidade. Por isso, o segmento espera que o novo agrônomo seja capaz de dominar tecnologias, ter conhecimentos técnicos sólidos, habilidades de gestão, visão sustentável, saber lidar com pessoas e se comunicar bem”, enfatiza Rafael zampar.
Sugestão de legenda
Fotos 1 e 2 = Parceria entre instituições de educação fortalece o agronegócio brasileiro
Foto 3 = Da esquerda para direita estão Rafael Zampar, diretor de Negócios do Integrado; Marcelo Picolli, coordenador de Agronomia do Integrado; Pedro Baer, pró-reitor do Integrado; Felipe Treitinger, CEO da Cumbre; Jeferson VInhas, CEO do Integrado e Fabrício Pelloso, coordenador do Núcleo de Empreendedorismo, Pesquisa e Extensão do Integrado.