Como fazer uma gestão financeira segura do próprio negócio?
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 80% das micro e pequenas empresas não chegam a completar o primeiro ano e 60% fecham antes dos cinco. Isso comprova que, além da vontade de empreender que muitas pessoas têm, a grande maioria não prospera, muitas vezes, por falta de zelo e conhecimento em funções básicas da gestão de um negócio. E para que o negócio prospere, é preciso que o empreendedor esteja atento à questão financeira de sua empresa.
Grandes empresários ou donos de pequenos negócios precisam, necessariamente, entender que a importância da gestão financeira é um passo essencial para garantir a sobrevivência do negócio. Ter a coragem, muitas vezes, não é o bastante para garantir a sobrevida de um a empresa. Para isso, alguns passos são fundamentais para garantir a saudabilidade da sua empresa e que ela não seja uma entre tantas que quebram.
Com anos de experiência no mercado financeiro e no papel de empresário do ramo alimentício, o especialista em finanças Wesley Dutra elencou 10 pontos essenciais para que empresários possam avaliar se seus negócios estão calcados em pilares importantes para que sua empresa sobreviva e cresça de forma saudável e ordenada.
- Desenvolver um planejamento financeiro;
- Fazer a gestão das ‘contas a pagar’ e ‘valores a receber’;
- Muita atenção ao fluxo de caixa;
- Sempre separar finanças pessoais das empresariais;
- Conferir diariamente os extratos bancários da sua empresa;
- Iniciar seu negócio, se possível, com um fundo de reserva;
- Manter o capital de giro da empresa;
- Honrar sempre as tributações;
- Ter um bom controle de estoque (caso o negócio exija);
- Saber realizar a precificação dos seus produtos ou serviços.
“Um olhar minucioso para o fluxo financeiro de sua empresa trará um maior domínio de seu empreendimento e, com isso, as chances de você ser bem-sucedido aumentam consideravelmente. Por não buscar conhecimento sobre assuntos financeiros, os empreendedores acabam sem a real visão de seu negócio, dificultando até mesmo a tomada de decisão estratégica”, reforça Wesley.
Caso o empreendedor ache uma demanda muito grande para absorver em um primeiro momento, ele pode contar com a ajuda de instituições que auxiliam microempreendedores para tarefas como, por exemplo, contratação e crédito. Na plataforma Sebrae, por exemplo, são oferecidos mais de 150 cursos para as mais diversas áreas de atuação.
Para Dutra, capacitar-se é um passo de suma importância para entender, mais do que seu ramo de atuação, mas como fugir das armadilhas que esse universo novo pode trazer para essa nova rotina profissional. “Atualmente temos grandes universidades e cursos focados no empreendedorismo, o que facilita a busca por conhecimento. Alguns temas são de vital importância para agregar conhecimento, entre eles: controle de fluxo de caixa, gestão operacional, gestão de pessoas e conceitos sobre tributação”.
Outro ponto importante é a escolha do ramo de atividade de sua empresa. Fatores pessoais e perspectivas de lucro. segundo Pesquisa da Scout Digital, revela que 42% dos brasileiros que decidem empreender, abriram um novo negócio pela paixão ou desejo de mudar de rumo profissional. “Então, seja pelo emocional ou pela necessidade financeira, ter capacitação para sobreviver em um novo ambiente de negócios sempre será um ponto essencial para se ficar de olho”, finaliza Wesley Dutra.