Paraná terá até R$ 13,6 bilhões do Banco do Brasil para a safra 2017-2018.
O Paraná terá até R$ 13,6 bilhões do Banco do Brasil para financiar grandes e médios produtores rurais do Estado na safra 2017-2018. O montante representa 13,2% do total de R$ 103 bilhões que o Banco, que é o principal financiador do setor, destinará para operações de custeio, comercialização e investimentos, em todo o País. Somando todas as instituições financeiras, o volume total do plano safra chega a R$ 220 bilhões, dos quais, historicamente, o Paraná contrata 20%.
O lançamento, no Paraná, do Plano Agrícola e Pecuário 2017-2018, foi feito nesta terça-feira (11), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, em solenidade com o governador Beto Richa. O superintendente estadual do Banco do Brasil, Neirim Goulart Duarte, apresentou os números e as condições da participação da instituição no financiamento da safra.
O governador ressaltou o montante, de R$ 220 milhões, e a importância dos recursos para o desenvolvimento da agricultura. “É o maior volume da história do País para custeio, comercialização e investimento na agropecuária. Isso é importante, pois o setor contribui para a balança comercial brasileira e a economia do Paraná”, afirmou.
ABUNDANTE – O superintendente do Banco do Brasil no Estado destacou que, neste ano, as taxas de juros caíram um ponto percentual para as linhas de custeio e de investimento e em dois pontos percentuais ao ano para os programas de armazenagem e inovação tecnológica na agricultura. “Temos recursos abundantes para atender todos os produtores paranaenses”, disse o superintende Neirim Goulart Duarte. Do total para o Paraná, R$ 2,3 bilhões serão direcionados à agricultura familiar.
Richa ressaltou que a agricultura tem sido essencial no enfrentamento da crise nacional. “A agropecuária dá respostas como a supersafra, que minimiza os efeitos da crise, gera muitos empregos e riquezas ao País e coloca alimentos na mesa dos brasileiros”, acrescentou.
ECONOMIA – Em 2016, o valor bruto da produção agropecuária do Paraná atingiu R$ 88,7 bilhões, aumento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Na safra 2017-2018, o solo será 100% ocupado, com privilégio para a soja, que tem mais liquidez e rentabilidade neste momento”, disse o secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.
Segundo maior produtor de grãos do Brasil, o Paraná deverá fechar a safra 2016/2017 com um recorde de 42,8 milhões de toneladas, o que representa 20,5% da produção nacional (234,3 milhões de toneladas), segundo o IBGE.
O Estado é o primeiro produtor e exportador nacional de frango, com mais de 31% do total produzido e exportado. “Os recursos do Plano Safra vão promover ainda mais o desenvolvimento da área”, avaliou Pedro Loyola, economista da Federação da Agricultura do Paraná (Faep)
PRESENÇAS – Participaram da solenidade os secretários de Estado de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e Assuntos Estratégicos, Edgar Bueno; o presidente da Federação de Agricultura do Paraná, Ágide Meneguette; o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná, Ademir Mueller; a superintendente regional empresarial do Banco do Brasil no Paraná, Elisangela Moroz Zilli e o superintendente da Fecoopar, Nelson Costa.
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Agricultura familiar recebe R$ 30 bilhões
A agricultura familiar receberá R$ 30 bilhões na safra 2017-2018. “O valor é suficiente para atender as demandas do setor, pois oferecem as condições necessárias para os agricultores familiares investirem na produção”, afirma o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, Francisco Simioni.
As taxas reduzidas para os produtores rurais também favorecem a produção de alimentos em sistemas de produção de base agroecológica e orgânica, assim como os investimentos em produção de energia renovável, irrigação, armazenagem e práticas sustentáveis de manejo do solo e da água. No Paraná, cerca de 85% das 374 mil propriedades rurais são comandadas pelo regime familiar.