Consultoria aponta tendências tecnológicas para 2024

Consultoria aponta tendências tecnológicas para 2024

A empresa de consultoria norte-americana Gartner divulgou um relatório apontando as principais tendências tecnológicas para 2024. Entre elas, estão inteligência artificial generativa (capaz de gerar textos, sons e imagens), plataformas na nuvem, aplicativos inteligentes e tecnologias sustentáveis (que respeitam o equilíbrio ecológico).

Na análise da Gartner, essas tendências serão “levadas em consideração em muitas decisões de negócios e de tecnologia nos próximos 36 meses”. Se bem aplicadas, ajudarão no crescimento sustentável e seguro do empreendimento e a superar a concorrência, acrescenta a consultoria.

Para Cristina Boner, empresária e profissional da área de tecnologia, os resultados da análise são de extremo valor para líderes empresariais. “A Gartner tem um histórico comprovado de capturar a essência das inovações tecnológicas que moldam nosso futuro. Esse estudo não é exceção”, afirma.

Diante das tendências apontadas pela empresa, Boner considera que há aquelas com destaque maior em relação às demais. A inteligência artificial generativa, na visão da profissional, é uma delas. Essa tecnologia oferece um leque de enormes possibilidades pela capacidade de criar conteúdos, podendo transformar áreas como desenvolvimento de software, mídia e entretenimento, alega.

Boner cita ainda algumas inovações que, apesar de não estarem presentes no relatório da Gartner, também devem ganhar espaço e relevância no mundo dos negócios. “O metaverso é incrivelmente intrigante. Representa uma nova dimensão na forma como interagimos digitalmente, criando espaços virtuais onde as pessoas podem se encontrar, trabalhar e jogar. As implicações para a sociedade e a economia são vastas e estamos apenas arranhando a superfície do que é possível”, afirmou.

A automação avançada é outra tendência que deve ser vista com atenção, na perspectiva da especialista. Segundo ela, têm surgido sistemas cada vez mais inteligentes capazes de realizar tarefas repetitivas e complexas. 

As principais vantagens do seu uso envolvem o aumento da produtividade e a possibilidade de liberar a força de trabalho humana para atividades mais criativas e estratégicas. Ou seja, em vez de os profissionais passarem horas preenchendo relatórios ou analisando dados, a tecnologia cumpriria esse papel e eles poderiam focar em outras funções.

Na avaliação de Boner, as empresas devem prestar atenção também ao desenvolvimento da computação quântica. Trata-se de uma área dedicada a tecnologias capazes de resolver problemas e processar informações muito mais rápidas do que os computadores tradicionais ‒ aplicando, como o nome sugere, princípios da mecânica quântica à ciência da computação.

“Embora ainda estejamos nos estágios iniciais da computação quântica, o potencial para revolucionar áreas como material science, otimização de problemas e criptografia é imenso. É uma tendência que promete mudar as regras do jogo em muitos campos”, acredita. 

O termo “material science” ao qual a profissional se refere é uma área que pesquisa as propriedades dos materiais, abordando pontos como propriedades, resistência e condutividade elétrica.

Impactos éticos e sociais

“Com essas inovações, vem a responsabilidade de considerar cuidadosamente os impactos éticos e sociais”, pondera Boner. Uma das preocupações crescentes é garantir a segurança dos dados em meio às novidades tecnológicas, de modo a não colocar em risco informações sensíveis de clientes e empresas.

Para a especialista, existe também a necessidade de se pensar o tema da inclusão digital, a fim de que os benefícios das tecnologias sejam acessíveis a todos, independentemente de localização geográfica ou condição socioeconômica.

“Em resumo, enquanto olhamos para o futuro com entusiasmo, devemos também abordá-lo com uma consideração cuidadosa dos valores que queremos preservar e promover em nossa sociedade. O papel dos formuladores de políticas, líderes empresariais e da comunidade tecnológica será crucial para moldar um futuro que seja não apenas tecnologicamente avançado, mas também socialmente responsável e inclusivo”, conclui.

Para mais informações, basta acessar:  Cristina Boner | LinkedIn ou Cristina Boner (@cristina.boner) •  Instagram

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