Estado vai investir R$ 119 milhões na Rede Mãe Paranaense em 2016.
O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, anunciou nesta quinta-feira (19) que o Governo do Estado vai aplicar mais de R$ 119 milhões na estruturação e fortalecimento da Rede Mãe Paranaense em 2016. Entre os novos investimentos estão repasses de recursos adicionais para hospitais e maternidades de referência no atendimento a gestantes e bebês.
A medida foi anunciada durante a solenidade de abertura do 5° Encontro Estadual da Rede Mãe Paranaense, que reúne cerca de 1,5 mil profissionais de saúde em Curitiba. O evento contou com a presença da vice-governadora Cida Borghetti, e da secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, e marca as comemorações de quatro anos de implantação da rede. “Hoje temos a menor taxa de mortalidade infantil da história do Paraná e os índices de morte materna também caíram em 25,3%. Isso tudo significa que mais de 400 gestantes e recém-nascidos foram salvos graças a ação da Rede Mãe Paranaense”, destacou o secretário Caputo Neto.
INCENTIVOS – Por meio do programa estadual de apoio aos hospitais públicos e filantrópicos (HospSUS), o Governo do Paraná vai ampliar os incentivos referentes à assistência materno-infantil em 180 hospitais e maternidades. O reajuste será implantado já neste mês de maio e beneficia todas as regiões do Estado.
Para os serviços de saúde de referência para o atendimento de gestações de alto risco, o repasse estadual sobe de R$ 80 mil para R$ 100 mil por mês. Um aumento de 25%. Também haverá reajuste no incentivo da chamada Estratégia de Qualificação do Parto (EQP). O valor pago pela realização de partos de risco intermediário passa de R$ 270 para R$ 320 por procedimento. Já para partos de risco habitual, o valor aumenta de R$ 180 para R$ 200.
Além disso, o Estado vai destinar recursos para complementar o valor das diárias pagas por leitos de UTI neonatal do SUS. O objetivo é equiparar a remuneração dos hospitais com este tipo de estrutura no Paraná.
A diferença ocorre porque o governo federal habilitou apenas 30% do território paranaense na Rede Cegonha. “Hoje, enquanto hospitais da região de Curitiba, Londrina e Maringá recebem R$ 800 pela diária em leito de UTI neonatal, a rede hospitalar do restante do Estado recebe R$ 470. Trata-se de uma despesa extra que vamos bancar até que o Ministério da Saúde resolva essa desigualdade”, assegurou o secretário.
COMPROMISSO – Em reunião nesta quarta-feira (18), em Brasília, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, reafirmou o compromisso de dar prioridade a essa questão. Segundo a vice-governadora Cida Borghetti, a expansão da Rede Cegonha (programa federal de apoio a gestantes e recém-nascidos) para todo o Paraná permitirá que o Estado aplique esses recursos em outras áreas, como no mutirão paranaense de cirurgias eletivas, por exemplo.
Cida disse ainda que o sucesso da Rede Mãe Paranaense se deve, em grande parte, à qualidade dos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais de saúde do Paraná. “Sem dúvida, temos a melhor equipe de saúde pública do país. São profissionais valorosos que se dedicam diariamente para cuidar do bem-estar dos paranaenses”, ressaltou ela, que agora parte para Genebra, na Suíça, para apresentar os avanços do Mãe Paranaense na 69ª Assembleia Mundial da Saúde da OMS. FAMÍLIA PARANAENSE – Para a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, as ações implantadas pela Rede Mãe Paranaense também têm reflexos positivos no andamento do programa Família Paranaense. “Cuidar das nossas gestantes e crianças é cuidar do futuro do nosso Paraná. E é desta forma, com um atendimento de qualidade e cada vez mais humanizado, que vamos garantir qualidade de vida à nossa população”, disse ela.
Em quatro anos, o Governo do Estado já investiu mais de R$ 511 milhões na implantação da rede. São recursos para obras, equipamentos, custeio de serviços e capacitação profissional.
De acordo com a coordenadora da Rede Mãe Paranaense, Márcia Huçulak, já é possível dizer que a iniciativa transformou o modelo de atenção materno-infantil no Estado. “Vivemos uma nova era. O desafio agora é buscar a excelência nos serviços prestados e por isso estamos adotando novos protocolos e investindo ainda mais na capacitação das equipes de saúde”, informou.
CARTILHA – Durante a abertura do 5º Encontro Estadual da Rede Mãe Paranaense foi lançado um conjunto de cadernos para orientar a conduta de médicos e enfermeiros na atenção materno-infantil.
O material será um instrumento de apoio para os profissionais da saúde envolvidos em toda a linha de cuidado de gestantes e bebês. Também foi apresentado o check-list do nascimento seguro, com informações úteis para padronizar o atendimento no Paraná.
Houve ainda a entrega simbólica de monitores fetais (cardiotocógrafos) para 19 hospitais, maternidades, consórcios intermunicipais de saúde e prefeituras vinculadas à Rede Mãe Paranaense. O equipamento é essencial para medir os batimentos cardíacos do feto, ainda no pré-natal.
O evento segue até esta sexta-feira (20), na ExpoUnimed, com quatro cursos e um seminário sobre a atenção materno-infantil. A programação conta com palestras e debates voltados à capacitação de gestores de saúde, médicos e enfermeiros da atenção primária e da rede hospitalar.
Veja a lista dos hospitais contemplados com os monitores fetais:
Norospar ¨C Umuarama
Consórcio Intermunicipal de Saúde – Ivaiporã
Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida – Fazenda Rio Grande
Prefeitura Municipal de Paranaguá
Consórcio Intermunicipal de Saúde/CISNOP – Cornélio Procópio
Consórcio Intermunicipal de Saúde/AMUNPAR – Paranavaí
Prefeitura Municipal de Imbituva
Centro Municipal da Mulher -Ponta Grossa
Prefeitura Municipal de Terra Boa
Hospital Sudoeste de Capanema
Hospital de Clínicas de Curitiba
Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema/CISMEPAR – Londrina
Hospital Municipal de Guaratuba
Maternidade Santana – Ponta Grossa
Hospital e Maternidade Cyro Silveira – Iporã
Hospital Evangélico de Curitiba
Hospital Evangélico de Londrina
Hospital Dr. Feitosa – Telêmaco Borba
Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais – Ponta Grossa