Polícia Civil paralisa parte das atividades nesta terça-feira.
Policias civis de todo o estado paralisaram parte das atividades nesta terça-feira (24) para reivindicar melhores salários, maior efetivo e fim da superlotação nas delegacias. A greve parcial de um dia atingiu 70% dos trabalhadores da categoria, segundo o Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) e o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol). Maringá tem atualmente um efetivo de 89 policiais civis, contando os delegados, para uma população de cerca de 330 mil habitantes.
Segundo os sindicatos, em Maringá, existem cinco distritos, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e a 9.ª Subdivisão Policial, onde ficam concentrados também a Delegacia da Mulher, de Furtos e Roubos, de Trânsito e do Adolescente. “70% dos policiais de cada unidade estão parados. Apenas os serviços de emergência estão sendo prestados”, disse a delgada sindical do Sindipol, Zorá Nepomuceno.
Os policiais em greve ficaram em frente à 9.ª SDP e pregaram faixas com as reivindicações e pediram a solução dos problemas para o governo estadual. “Estamos cansados de esperar por soluções. Vamos cobrar até sermos atendidos”, afirmou Zorá. As delegacias de toda a região também seguem as recomendações dos sindicatos e as atividades estão sendo feitas de acordo com a gravidade das ocorrências.
Pauta de reivindicações
Entre as principais exigências dos diz respeito à questão salarial. A categoria pede reposição de perdas e isonomia salarial com a Polícia Militar (PM). “O primeiro cargo da PM de nível superior tem salário de R$ 4,1 mil, enquanto na Polícia Civil o vencimento é de R$ 1.950, menos de 50%”, afirma Gutiérrez, o presidente do Sinclapol, André Gutiérrez. Segundo ele, a reposição salarial dos policiais militares no governo Requião foi de 217%, enquanto que os policiais civis tiveram 51%.
A categoria pede ainda a contratação de mais profissionais. Segundo estimativa das entidades policiais, o efetivo, que atualmente é de 3,3 mil, deveria ser de 6,4 mil policiais no estado. Outro problema alegado pelos policiais é à superlotação de presos nos distritos. “Preso não tem que ficar na delegacia, tem que ir para o sistema penitenciário. Do contrário, o policial deixa de ir para rua investigar para ficar cuidando da carceragem”, argumenta o presidente do Sinclapol.
A paralisação dos servidores deve seguir até as 18 horas. Desde as 8 horas os policiais estão em frente a delegacias de todo o estado para esclarecer a população sobre as condições de trabalho e as reivindicações da categoria.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) foi procurada, mas informou que não iria comentar a possibilidade de prejuízos no atendimento à população ou sobre qualquer assunto relacionado à paralisação dos policiais civis. fonte:http://www.gazetadopovo.com.br