Autoridades que se afastam de princípios éticos e morais, contidos na Palavra de Deus, não merecem nossa submissão. Mais do que isto, devem ser confrontadas e não confortadas, devem ser repudiadas e não inocentadas.
É comum nas eleições alguns candidatos, principalmente o Silvio e Ricardo colocarem em seus textos, que :” Toda autoridade vem de Deus, e seu eu sou autoridade, foi Deus que permitiu. Silvio ao chegar no segundo turno em sua pagina do face, mencionou quer toda” autoridade vem de Deus”. Veja o texto do
Pr. Ibi Batista:
Você já pensou sobre este assunto? Será que, como cristão, posso questionar ou mesmo confrontar autoridades constituídas? Tenho que me submeter sempre? Seria correta a interpretação, por parte de alguns, de que é pecado se “levantar” contra qualquer autoridade (inclusive eclesiástica)? Hittler seria uma autoridade instituída por Deus?
Diante do momento que passamos, talvez seja importante fazer algumas considerações bíblicas a respeito de nossos relacionamentos com as autoridades. O Apóstolo Paulo escreve aos Romanos, no capítulo 13, um texto clássico que exemplifica muito bem o assunto. Gostaria de tecer alguns comentários sobre este texto e sobre nossa posição diante de tais situações.
Começo ressaltando a abordagem dada pela Bíblia quando o assunto se refere à autoridade instituída em relacionamento entre pastores e o povo de Deus.
Os textos que falam sobre o respeito devido às autoridades não são apócrifos. Muito ao contrário; afirmo que além de verdadeiros, são essenciais. Neles estão contidos propósitos importantes para a manutenção da ordem.
Sem autoridades em uma sociedade, sejam elas civis, militares ou religiosas, tudo se transformaria em anarquia. É inimaginável viver em comunidade sem o papel das autoridades – um caos.
No entanto, há de se observar que não podemos ter uma postura de subserviência, uma submissão e obediência às autoridades de modo acrítico ou cego.
Deus deu ao homem o poder de pensar, questionar e nos capacitou com um dom precioso: o discernimento. Esse nos foi dado para que, em qualquer ocasião, possamos discernir a vontade de Deus, para que possamos entender o que é certo e o que é errado, e para decidir entre o bem e o mal.
Uma boa dica para isto é sempre tomar Jesus como modelo. Nele está encarnada a soberana vontade de Deus. A velha pergunta que precisa ser feita é: Se Jesus estivesse aqui, o que faria? Esta é uma boa forma de colocarmos na balança as autoridades. Não está no padrão de Deus, que seja anátema!
O que estou afirmando é que nem toda autoridade (eclesiástica ou política) foi constituída por Deus. Se não obedecem a Deus também não devo obedecê-las. Ele está acima das autoridades, sejam elas quais forem. O apóstolo Pedro diz em seu discurso (At 4.19): “mais importa obedecer a Deus do que aos homens”.
Vejamos um exemplo prático: Se toda autoridade vem de Deus, como explicar Hitler, que matou milhões de pessoas e crianças inocentes? Teria sido constituído por Deus? Deveríamos ser fatalistas e ficar passivos? O que dizer, ainda, de Mussolini, Nero, Cezar, dos líderes dos antigos países da cortina de ferro, os quais mataram e torturaram homens verdadeiros, fiéis cristãos? Entender que pessoas que perseguiram e mataram inocentes foram colocados por Deus? Desculpe, não dá!
Talvez se pergunte: Qual o critério que devo observar para que possa avaliar uma autoridade? Como devo saber se devo, ou não, obedecer e honrar tais autoridades?
A resposta é simples e direta: Se a autoridade se opõe aos princípios de Deus, que a instituiu, perdeu seu sentido de ser. Toda autoridade deve passar pelo crivo: promove o bem e castiga o mal? Se não pode responder afirmativamente a essas assertivas, essa não é uma autoridade que merece nossa submissão. Fora com ela!
Para não passar a ideia que isto é apenas um pensamento particular, lembro que na Bíblia existem muitos homens de Deus que, sem medo, questionaram autoridades. Mais do que isto, incisivamente, colocaram seus dedos em riste na cara do “pseudo ungido”, demonstrando nenhuma submissão para com seus cargos públicos, sejam elas quais forem: reis, governadores, sacerdotes, etc.
Quando uma autoridade, ainda que constituída legalmente, não corresponde aos princípios morais estabelecidos na Palavra de Deus, pode-se dizer que esta é considerada uma autoridade apócrifa, desviada e anátema. Veja: I Rs 13; I RS 16:1-7; I RS 18:1-19; Jr 22:1-9.
Lembrando ainda que o Novo Testamento registra Jesus chamando Herodes de raposa (Lc 13.32). E o que dizer, ainda, das vezes que chamou as autoridades espirituais de sepulcros caiados ou então quando vemos João Batista confrontando o grande Herodes e denunciando seus pecados (MT 14). Ele sofreu consequências: foi preso e decapitado, perdeu a vida, mas não perdeu a moral.
Autoridades que se afastam de princípios éticos e morais, contidos na Palavra de Deus, não merecem nossa submissão. Mais do que isto, devem ser confrontadas e não confortadas, devem ser repudiadas e não inocentadas
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