CRIMES HEDIONDOS. Caso Liana Friedenbach e Felipe Caffé
Entre os crimes famosos, como são tratados todos os casos que envolvem de alguma forma, gente famosa, bem estruturada socialmente ou simplesmente com repercussão nacional por alguma razão especifica.
Esse caso, traz de volta muitas questões, nele contido, que remete a reflexões de uma sociedade ainda crente de que …” o pior sói acontece com os outros, meus filhos(as) são muito bem educados…”
Essa máxima, deveria ser tratada como mínima. Acontece com todo mundo ou melhor, pode acontecer com todo o mundo.
Liana Friedenbach era uma moça comum, de hábitos e rotinas comuns, de valores e princípios comuns a toda e qualquer boa família. O mesmo pode-se dizer de Felipe Café, seu namorado e vitima fatal na mesma tragédia.
Liana, segundo depoimentos do próprio pai, o advogado Ari Friedenbach era um modelo de “patricinha”, de menina que tinha tudo e não precisava esconder-se de nada, nem de ninguém.
Classe média alta, Liane tinha tudo que uma adolescente na sua idade, 16 anos, precisava ter.
Mas…certamente a vida equilibrada e sem sobressalto não a desafiava, não a motivava a sentir sua adrenalina a mil…tinha tudo, podia tudo, fazia tudo….
Seu namorado, da hora, era Felipe Caffé, era uma jovem de 19 anos. Um pouco mais velho, o suficiente para ser “de maior”…e isso faz uma diferença competitiva enorme entre os jovens.
Embora de formação boa, era classe média social e economicamente falando, o que agiu como potencializador de emoções nele e nela.
É certo que ambas as famílias trabalhavam como a ideia do “não é para você”. Uma de um ângulo social e a outra pelo econômico.
Não importa quem tinha ou não a razão, o fato é que a adrenalina os motivava Liane e Felipe a conjecturar emoções por conta de repressões de uma ou outra família.
Coisa de Romeu e Julieta.
Por conta disso, mentiram aos pais, planejaram uma fuga, e foram de encontro a tragédia mordica que poderiam ter, como de fato tiveram.
Ambos mentiram e fugiram rumo ao amor eterno, e encontraram a morte. Sofrida, torturada, humilhada….
Acamparam num dos piores lugares da grande São Paulo, expostos a criminosos violentos que vadiam por essas áreas.
Não foi difícil para os assassinos os encontrarem, tão pouco livrarem-se num primeiro momento de Felipe Caffé e diante da beleza e da jovialidade de Liane, a submeterem aos mais violentos caprichos.
Abuso, estrupo, morte. Esse foi o quadro final.
Resultado, após dias de buscas pelo pai de Liane, que acabou investindo frontalmente, em busca da filha amada, restou aos perversos criminosos, acabar de vez com a vida Liane.
Em depoimento público, o pai de Liane, o advogado Ari, acredita que tenha sido, em síntese: melhor assim. Considera que não haveria recursos psicológicos cabíveis, para devolver Liane a uma vida comum, visto a violência dos crimes.
O que causou essa morte tão precoce e violenta|?
A liberdade entre a relação paternal, com seus filhos(as)? A suposta indiferença pela rotina dos filhos(as).? O excesso de liberdade na educação? O desnível social ente Liane e Felippe, uma vez que foi dele a ideia de ir para um lugar dessas características?
Nunca saberemos.
O que se sabe é que violência está espalhada e qualquer vacilo pode gerar dor. Muita dor num primeiro momento e depois, para o resto da vida, o sentimento de culpa.
Afinal, se o pai de Liane, o advogado tivesse dito: “não vai. Acabou o assunto, não vai e pronto”!!!!
Cruel condenação subjetiva?
Jamais, o Dr. Ari está naturalmente condenado pela vida, afina a dor de perder uma filha nessas condições é no mínimo terrível.
…. Mas serve de alento…nem sempre amar os filhos e ser bons pais, significa compactuar com seus desejos e se tiver que enfrentar com o contraditório pois que seja face a face, sinceridade com sinceridade.
Ou não?
Edição : JUVENAL CORRÊA.