DROGAS: O sofrimento da co-dependência
Não é de hoje que o tema Drogas, tem sido pauta de diversas discussões sobre o drama que atinge de modo fulminante, as famílias brasileiras.
São histórias que se seguem e se acumulam, dando conta da desgraça que abate uma família, em que em seu núcleo possa haver um dependente químico.
A dor que se estende a todos, por conta de um, é algo assombroso.
O medo da agressão física, psicológica, até mesmo da morte, interage no dia a dia, com a insegurança e ignorância na busca de uma solução verdadeira para o caos que toma conta de todos ao redor de um dependente.
Um filho(a) por mais amado que possa ser, gera pavor quando vive e convive no estágio maior da dependência, seja de drogas licitas ou ilícitas.
A juventude começa a beber muito cedo e a bebida é reconhecidamente, a porta de entrada para outras tantas drogas, que se oferecem, de modo precoce e em lugares absolutamente desprotegidos.
Escolas, clubes, universidades, transformam os jovens em presas fáceis e gera a insegurança social quanto aos meios de se coibir a oferta dessas drogas.
Até o momento não se viu, nem há aceno de que se possa visualizar a curto prazo, uma politica eficaz de combate ao tráfico de entorpecentes no Brasil.
Enquanto isso, pais e irmãos são agredidos com naturalidade pelo dependente químico, gerando pavor nas famílias, além de roubos, acidentes e atitudes criminosas praticada no convívio social do dependente.
A questão ultrapassa as teorias que abordam caráter, qualidade da família, exemplo dos pais, condições econômicas, meio…em todos os níveis, classes sociais, o drama das drogas tem-se feito presente e muitas vezes de modo avassalador.
Como combater na origem um mal que está plantado solidamente em todos os níveis sociais?
Buscar culpados ou encontrar soluções?
Até onde o dependente químico ou simplesmente o usuário de drogas é de fato, doente?
Quando termina a inocência de uma “barca furada” para a culpa de uma vida marginal?
O dependente vive de modo a entender que sua vida está “normal” e que seus subterfúgios para o sentimento de prazer ou de força, são lícitos. E quem sofre primeiro? A família, depois os amigos e por fim a sociedade que paga a conta.
Alguns estudos apontam que para cada dependente químico, possa haver pelos menos 20 pessoas diretamente afetadas (negativamente), desestabilizando-os gravemente.
No Estados Unidos, a opção pela redução gradativa do consumo, associado a uma rígida intervenção interdisciplinar, policia, medicina, ações sociais, tem se mostrado eficaz.
Aqui no nosso Brasil, as tentativas são de zerar o consumo, não se contentando com a redução. Muito mais difícil, sobretudo porque não há ação de apoio, nos passos anterior a uma intervenção, no meio dela e pós ação.
A policia quer resolver prendendo, o serviço social> acolhendo, a psicologia: compreendendo, a sociedade: condenado e a mídia vendendo veículos por meio da desgraça.
Ou todos se unem no processo de solução ou o caos acaba se instalando na sua própria casa.
Paulo Fernando C. Valle Vergueiro, Administrador de Empresas, Habilitado em Comércio Exterior, Jornalista MTB 0011817/PR, Pós Graduado em Gestão Ambiental; Desenvolvimento Urbano e Social; Marketing, Professor Universitário, Consultor de Empresas, Assessor Político, Atualmente é Gerente Comercial do Aeroporto Regional de Maringá, Foi Diretor de RH da Pref. Mun. de Maringá.