São Paulo e a mística da camisa 10
Durante os anos dourados do futebol brasileiro, a camisa 10 foi símbolo do futebol de qualidade, eternizada por Pelé.
Os clubes grandes, de verdade, eram recheados de “10” habilidosos, craques de verdade, gênios em vários exemplos; tais como Rivelino, Ademir d’Guia, Zico, Pedro Rocha, Dirceu Lopes, Paulo Cesar Cajú, entre mais de uma dezena com certeza.
O resgaste ao 10 de ouro, aquele que vale pagar o ingresso, tem diminuído e quase chega a zero. Nos dias atuais, temos um “11”, travestido de “10”, por se aproximar de uma genialidade ainda em discussão, trata-se de Neymar.
Fora dele, essa safra não tem nenhum “10” nato a ser destacado.
Então o São Paulo, grande paulistano, cuja história comprova a excelência em trazer jogadores em fim de carreira, mas com enorme produtividade, trouxe Didi, Gerson…e agora Daniel Alves.
Um lateral acima da média, mas longe de ser craque. Bom e excelente para os dias atuais de uma seleção, sem brilho e empatia com o torcedor, mas que vai amargar um lugar bem modesto na relação de grandes laterais.
Não dá para colocar Daniel Alves, acima de Carlos Alberto Torres, Djalma Santos, Zé Maria, Leandro, Nelinho, etc? Talvez um etc.
Mas o que faltava para o Marketing do São Paulo criar para impactar e valorizar a contratação de Dani Alves, o rei dos títulos conquistados?
Faltava-lhe a camisa 10.
E lá vai correndo pelo meio campo um excelente lateral com sua 10 mística e própria dos craques.
Será que, na pratica, jogo a jogo, Daniel manterá a história do “10”?
Edição : João Luiz P. Lima