Professora perde carro após conhecer homem na internet
Sites e aplicativos de relacionamento têm se tornado cada vez mais comuns entre a população brasileira e atualmente aproximam milhares de pessoas diariamente. Mas, como muitas tecnologias, também passaram a ser usados para a realização de crimes, o que pode ocasionar grandes prejuízos financeiros e emocionais. É o caso de uma professora de 49 anos, que entrou em contato com a Banda B nesta terça-feira (17) e relatou que chegou a comprar um carro após um aparente pedido de desespero de um homem com que estava ‘conhecendo melhor’ após a aparente compatibilidade feita online.
De acordo com a vítima, que optou por não ser identificada, o golpista sempre se apresentou muito bem e demonstrava ter um vocabulário bastante qualificado. “A gente já estava saindo há algum tempo e ele já tinha até mesmo conhecido minha filha. Foi então que ele começou a mostrar desespero e carência afetiva. Eu me preocupei e tirei um carro para que ele pudesse trabalhar, mas infelizmente demorei para perceber o que tinha feito”, disse.
Com o golpe, a vítima passou então a se lamentar, já que percebeu o ‘baque’ apenas depois. “Eu conheci ele em novembro e ele decidiu sumir dois meses depois. Foram várias histórias, como a de que o sobrinho trabalharia de Uber, mas infelizmente hoje fiquei no prejuízo. Tentei ir atrás e não consegui mais nenhuma informação”, lamentou.
A vítima procurou então um advogado, que a está orientando nos procedimentos legais contra o golpista. Em contato com amigas e na procura feita por ela mesmo, o suspeito foi encontrado em outros sites de relacionamento, que já foram informados à Polícia Civil.
Orientações
Diante do golpe, a Banda B procurou a Delegacia de Estelionato de Curitiba. O delegado Emmanoel David confirmou a investigação do caso e deu dicas para evitar cair em casos semelhantes.
De acordo com ele, a confiança é peça chave do golpe. “Normalmente, como percebemos em casos semelhantes, o golpista ganha a confiança antes de se queixar de dificuldades financeira. Ele então pede dinheiro e transferências são feitas. Apenas depois a vítima se dá conta do que aconteceu”, relatou.
David explica que o tema é recente, mas já vem sendo discutido em tribunais superiores pelo Brasil “Os Tribunais entendem como estelionato amoroso, estelionato sentimental ou estelionato afetivo. É uma conduta de pessoas que se utilizam da má fé para obter vantagens por meios virtuais”, concluiu.
Por fim, a Polícia Civil ainda orienta que a pessoa vítima não sinta vergonha e procure qualquer delegacia para fazer o registro da ocorrência.
Por Felipe Ribeiro e Rafael Torquato Banda B